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Paralisia vocal de Larry Page é extremamente rara

CEO do Google teve as duas cordas paralisadas com um intervalo de tempo de 14 anos; caso é raro e pode ser tratado com cirurgia

Por Da Redação
14 Maio 2013, 21h10

Larry Page, CEO e cofundador do Google, comunicou hoje em seu perfil do Google Plus que tem paralisia vocal bilateral. A rara doença, que o impediu de participar do Google I/O, conferência para desenvolvedores, no ano passado, limita não só a voz da pessoa, mas também sua condição respiratória. O caso de Page, que teve as duas cordas vocais paralisadas em momentos diferentes da vida, é ainda mais raro, mas pode ser tratado com cirurgia.

A paralisia vocal é causada pela perda da função motora do nervo vago – um nervo que desce do crânio e vai até o pescoço e é responsável por coordenar os movimentos das cordas vocais. “Quando se paralisa o nervo, a corda vocal perde o movimento e deixa de vibrar, o que atrapalha a produção da voz”, diz Agrício Crespo, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABO).

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As duas cordas vocais que temos funcionam em um movimento de abre e fecha. Quando as duas se encostam, no centro da laringe, o ar que sai do pulmão faz com que vibrem e, assim, produzam o som da voz. Quando se abrem, dão passagem para o ar entrar.

Em seu post, Larry Page conta que a primeira paralisia aconteceu há 14 anos, após uma gripe, e a segunda, em meados do ano passado, após outra gripe. “A paralisia das cordas em momentos diferentes é extremamente rara”, diz Crespo. Como ficou com a voz mais fraca após o tratamento, Page provavelmente teve as cordas paralisadas fechadas, no centro da laringe. Nessa posição, a respiração fica muito prejudicada e é preciso uma intervenção cirúrgica para abri-las. “Depois do procedimento, no entanto, a voz fica mais suave”, diz o médico.

Causas e tratamento – Os médicos em geral não conseguem identificar as causas da paralisia vocal unilateral – Larry Page associa a sua a um vírus. Já a paralisia simultânea das duas cordas vocais costuma ser associada a algum trauma, como uma cirurgia na tireoide.

Na maioria dos casos de paralisia, a corda volta a vibrar sozinha e a pessoa recupera a voz. O tempo limite para que a perda da voz seja temporária é de seis meses – caso contrário, o dano costuma ser permanente. O tratamento pode ser feito com fonoaudiologia. Essa terapia, no entanto, não é capaz de devolver o movimento à corda paralisada. Segundo Crespo, o que se faz é aprender a usar bem a laringe. “O tratamento cirúrgico é o que resolve o problema”, diz.

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