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Médicos anunciam nova fase de testes da polêmica pílula do câncer

A segunda fase de pesquisas testará a eficácia da fosfoetanolamina em 200 pacientes com diversos tipos de tumor

Por Da redação
5 out 2016, 11h44

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), anunciou, nesta quarta-feira (5), a conclusão da primeira fase dos testes clínicos da fosfoetanolamina, popularmente conhecida como ‘pílula do câncer’, e o início da segunda etapa. A nova fase envolverá 200 pacientes com diversos tipos de tumor e terá início na próxima segunda-feira, 10 de outubro.

A segurança

A primeira etapa de testes do Icesp buscou avaliar a toxicidade da fosfoetanolamina. Para isso, a substância foi administrada em 10 pacientes, dos quais seis foram retirados do estudo porque apresentaram progressão da doença e quatro continuam sendo monitorados. Os resultados mostraram que o produto não apresenta riscos de efeitos adversos graves.

Eficácia

Comprovar a eficácia da fosfoetanolamina é o objetivo da segunda fase de testes. São mais de 20 voluntários em 10 grupos de tumor: cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado.

Os participantes serão recrutados entre os pacientes que já são atendidos pelo Icesp e só podem participar aqueles que já não têm alternativa de tratamento curativo.

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Polêmica

A fosfoetanolamina sintética começou a ser sintetizada por um pesquisador do Instituo de Química da USP de São Carlos no final da década de 1980 e ganhou fama em outubro do ano passado. Pacientes com os mais variados tipos de câncer e seus familiares formavam filas enormes na USP de São Carlos para receber o medicamento, de escassa produção. O drama começou depois que uma liminar do Supremo Tribunal Federal autorizou a entrega das pílulas a um paciente do Rio de Janeiro. A decisão do STF levou centenas de doentes a entrar com ações na Justiça para obter o “remédio milagroso”. Ao mesmo tempo, disseminavam-se pelas redes sociais falsas informações sobre sua eficácia. Muitos abandonaram os tratamentos tradicionais e comprovados, inclusive quimioterapia e cirurgia.

O grande problema é que a substância ainda não passou pelas etapas de pesquisa necessárias para o desenvolvimento de um medicamento, portanto não existem evidências científicas de que o produto seja eficaz no combate ao câncer ou seguro para o consumo humano, daí a necessidade de mais testes.

Os testes em humanos com a fosfoetanolamina no Icesp começaram em 25 de julho. O início dos testes foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde. Outras instituições pelo país têm feito pesquisas da substância com células e animais.

 

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