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Linfoma não-Hodgkin afeta mais os homens

Conheça os sintomas, diagnóstico e tratamento da doença que afeta Reynaldo Gianecchini

Por Da Redação
11 ago 2011, 15h10

Nesta quarta-feira, o ator Reynaldo Gianecchini, 38 anos, foi diagnosticado com um linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer que afeta células do sangue e atinge mais homens que mulheres (na proporção de 3 homens para cada 2 mulheres). Outra particularidade da doença é o fato de que ela é mais comum entre pessoas que estão com o sistema imunológico comprometido, como pacientes que passaram por algum tipo de transplante e os que foram contaminados com o vírus HIV. No Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), houve, em 2009 (último dado disponível), 4.900 novos casos em homens e 4.200 em mulheres. No ano passado, a presidente Dilma Rousseff foi diagnosticada com a mesma doença.

1. O que é linfoma?

2. Quais os tipos existentes? Qual afetou o ator Reynaldo Gianecchini?

3. Existe apenas um tipo de Linfoma não Hodgkin?

4. Existem causas conhecidas?

5. Quais os sintomas?

6. Como se diagnostica o linfoma?

7. Quais os tratamentos?

8. Quais as chances de cura?

9. Existem formas de prevenção da doença?

1. O que é linfoma?

É o termo usado para designar os tumores cancerígenos no sistema linfático, formado por vasos finos e gânglios (linfonodos) que atuam na defesa do organismo levando nutrientes e água às células e retirando resíduos e bactérias.

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2. Quais os tipos existentes? Qual afetou Reynaldo Gianecchini?

Existem duas categorias: o linfoma de Hodgkin e o linfoma Não-Hodgkin. Há dezenas de tipos de linfomas dentro dessas categorias – uma lista dinâmica, em atualização constante. O linfoma de Hodgkin é mais raro e atinge na maioria jovens e pessoas de meia idade. Já o Não-Hodgkin, como o que afetou o ator e a presidente Dilma Rousseff, responde por 90% dos casos e atinge sobretudo pessoas com mais de 55 anos. Os linfomas são classificados em quatro estágios. No estágio 1, observa-se envolvimento de apenas um grupo de linfonodos. Já no estágio 4, há envolvimento disseminado dos linfonodos.

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3. Existe apenas um tipo de Linfoma não-Hodgkin?

Os linfomas não Hodgkin são, na verdade, um grupo de cânceres correspondente a mais de 20 doenças diferentes. A maioria (85%) atinge os linfócitos B e menos de 15% são de células T.

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4. Existem causas conhecidas?

Na maioria das ocorrências, não é possível definir o que causou o linfoma. Mas já são conhecidos alguns fatores de risco para o surgimento da doença. Os principais são:

– Sistema imune comprometido – Pessoas com deficiência de imunidade, em conseqüência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Bar e HTLV1 e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas) têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma.

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– Exposição química – Os linfomas estão também ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar o risco de ocorrência.

– Exposição a altas doses de radiação.

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5. Quais os sintomas?

O principais sintomas são aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha; sudorese noturna excessiva; febre; prurido (coceira na pele); e perda de peso inexplicada, sem infecções aparentes. A lista pode incluir outros sintomas que dependem da localização do tumor. Se a doença ocorre na região do tórax, por exemplo, os sintomas podem ser de tosse, falta de ar e dor torácica.

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6. Como se diagnostica o linfoma?

São necessários vários tipos de exames para determinar o tipo exato de linfoma e esclarecer outras características, reunindo informações úteis para a escolha do tratamento mais eficaz. Os métodos utilizados são:

– Biópsia, ou retirada e análise de uma pequena porção de tecido, em geral linfonodos.

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– Exames de imagem.

– Estudos celulares, que incluem, entre outros, a análise de cromossomos. Novos testes, bastante promissores, surgem a partir de trabalhos com a análise do genoma.

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7. Quais os tratamentos?

A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia ou ambos. A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas, sob várias formas de administração, de acordo com o tipo de linfoma. A radioterapia normalmente é usada para reduzir a carga tumoral em locais específicos, aliviar sintomas relacionados ao tumor e também consolidar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de recaída em certas áreas do organismo mais suscetíveis.

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8. Quais as chances de cura?

As chances de cura variam muito e dependem fundamentalmente do estágio em que a doença é diagnosticada e do tipo de linfoma. Hoje, o cálculo do risco baseia-se nesses dois fatores e no chamado índice prognóstico, que considera uma série de características do paciente. Algumas condições, como ter 60 anos ou mais, sofrer de anemia e ter presença elevada de determinadas enzimas no organismo, elevam o índice e portanto o risco.

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9. Existem formas de prevenção da doença?

Assim como em outros tipos de câncer, é possível que dietas ricas em verduras e frutas tenham efeito protetor contra o desenvolvimento de linfomas. Os especialistas, contudo, lembram que ainda não existem formas de prevenção comprovadas.

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