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Já ouviu falar de coletor menstrual? Tire todas suas dúvidas aqui

O coletor ganhou popularidade, mas ainda é considerado tabu entre as brasileiras. Especialistas ouvidos por VEJA esclareceram dúvidas sobre o assunto

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jun 2019, 21h05 - Publicado em 9 out 2016, 10h44

Você já ouviu falar de coletor menstrual? O ‘copinho’ usado para coletar (não absorver) a menstruação – como é o caso dos absorventes internos e externos – existe desde a década de 1930, mas ganhou popularidade no Brasil no último ano. O assunto, rodeado de dúvidas por ser considerado tabu é alvo de controvérsias. Seus ‘defensores’ afirmam que ele é mais seguro, confortável e ecológico. Já o principal comentário dos críticos é que ele é pouco higiênico.

Rita Dardes, ginecologista e professora da Universidade de São Paulo, explica que o coletor menstrual é um produto que veio como mais uma opção aos absorventes. “O produto colabora com o meio ambiente e ainda é mais higiênico e provoca menos alergia do que o absorvente. No entanto, a mulher tem que se tocar, se conhecer e aceitar sua menstruação como algo normal do seu corpo. Não é para qualquer uma não! Vai depender de cada mulher e de suas escolhas individuais.”, diz.

Mas, afinal, o que é o coletor menstrual? O coletor menstrual é um copinho de silicone hipoalérgico e antibacteriano, ajustável ao corpo e que, ao contrário dos absorventes internos e externos, coleta o sangue da menstruação em vez de absorvê-lo. Seu material maleável, permite que ele seja dobrado para ser inserido na vagina e, diferentemente do absorvente interno, que é inserido no fundo do canal vaginal, o coletor fica na entrada da região.

No último ano, talvez atraídas pela questão ecológica, financeira ou por indicação de outras adeptas, mais brasileiras aderiram ao uso do coletor menstrual naqueles dias. A Inciclo, empresa brasileira que fabrica e comercializa coletores, existe desde 2010, mas afirma que as vendas aumentaram significativamente nos últimos anos – em 2016 houve um aumento 352%. Segundo a empresa, “isso se deve ao fato de que quanto mais mulheres usam e se apaixonam pelo Inciclo, acabam divulgando entre amigas e a popularidade do Inciclo cresce como um espiral. As redes sociais contribuem muito para a divulgação que vem acontecendo de forma viral.”.

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Vanessa Mami Namie, coordenadora do sucesso do cliente na Vindi, conta que começou a usar o coletor em março desse ano .”Tinha muitas amigas que já usavam e fiquei curiosa porque nunca me adaptei muito bem com absorvente. Procurei na internet e achei que poderia ser uma boa solução. Além disso, gostei por ser um investimento único, não ter que sair todo mês para comprar e ser ecológico”, diz.

A Fleurity, que comercializa coletores no Brasil desde dezembro de 2015, afirma que de dezembro de 2015 a julho desse ano houve um crescimento de aproximadamente 580% nas vendas e chama atenção para o viés ecológico do produto. “Uma mulher descarta até três quilos de lixo por ano só com absorventes comuns, mas o coletor menstrual dura até 10 anos”, diz Carlos Dieter, Diretor de Marketing da Fleurity.

A praticidade é outro aliado do produto. Enquanto os absorventes comuns precisam ser trocados a cada, no máximo, seis horas, o coletor pode ser utilizado por até 12 horas. Em relação ao  tamanho, ele varia de acordo com a marca, mas a maioria vende apenas dois tamanhos: um para a mulher que já teve filhos e o outro para quem não tem.

Eduardo Zlotnik, ginecologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, conta que notou, no último ano um aumento no número de pacientes que pergunta sobre o coletor durante as consultas, mas afirma que ainda são poucas. Rita, acredita que o método é uma nova tendência, mas ressalta que “ainda existem muitas mulheres resistentes, e na verdade não existe certo ou errado na sua utilização ou não, mas sim aquilo que deixa a mulher mais confortável e segura”.

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No Brasil, os preços variam de R$ 85 a R$ 155 e a maioria dos produtos é comercializada pela internet ou por revendedoras – ainda é difícil comprar o acessório na farmácia. O valor pode parecer alto, mas se você pensar que é um investimento único e você não precisará mais comprar absorventes todo mês, o custo benefício vale a pena.

“Eu gosto muito do meu coletor. No começo tive dificuldades para conseguir fazer a melhor dobra, mas assim que descobri qual funcionava melhor para mim, me adaptei muito bem. Acho prático e devo usá-lo até o final da minha vida menstrual”, afirma Vanessa. 

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