Por AE
São Paulo – O trabalho e a rede social ajudam os portadores do vírus HIV a enfrentar a doença. Além disso, experiências anteriores ao diagnóstico da aids também têm função importante no processo de enfrentamento. É o que mostra um estudo da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da Universidade de São Paulo (USP), do psicólogo social Dário Schezzi. O trabalho analisou, por meio de 10 entrevistas, quais fenômenos melhoram o processo de luta contra a aids e ajudam a viver melhor com ela.
De acordo com Agência USP Notícias, a pesquisa observou que o enfrentamento da doença não é tão influenciado por questões posteriores à descoberta do vírus, mas por experiências e compromissos anteriores, como vínculos afetivos e projetos em andamento, que motivam os portadores e influenciam na imagem que formam si mesmos.
Segundo Schezzi, a identidade é uma questão importante, pois a aids é uma doença com um estigma de alto impacto e com capacidade de transformar a autoimagem da pessoa, �e as vivências coletivas influenciam muito na construção de uma nova autoimagem de cada um. O trabalho influencia na questão da identidade, até por causa de sua própria estrutura e de suas redes, principalmente as afetivas�, diz.
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