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Dormir pouco aumenta o risco de câncer de próstata

Cientistas norte-americanos sugerem que a falta de sono entre homens com até de 65 anos aumenta em até 55% o risco de desenvolver o câncer

Por Da Redação
Atualizado em 5 abr 2017, 17h42 - Publicado em 5 abr 2017, 17h41

Você é homem, tem menos de 65 anos e dorme pouco? Fique atento. De acordo com estudo da American Cancer Society, em Atlanta, nos Estados Unidos, homens que dormem menos que cinco horas por noite podem ter até duas vezes mais chances de desenvolver câncer de próstata. O recomendado é ter entre seis e sete horas de sono para permitir que o organismo descanse, reponha as energias e evite possíveis riscos à saúde.

Levantamento

Os pesquisadores examinaram dados de dois grupos diferentes. O primeiro estudo avaliou mais de 407.000 homens, entre 1950 e 1972. O segundo obteve dados de mais 416.000, entre 1982 e 2012. Nenhum dos participantes tinha câncer quando a pesquisa começou. No entanto, mais de 1.500 que fizeram parte do primeiro estudo e mais de 8.700 do segundo morreram em decorrência de um câncer de próstata durante o período de acompanhamento.

Resultados

Depois dessa avaliação, os pesquisadores estudaram os padrões de sono dos participantes. Durante os primeiros oito anos, eles observaram que os homens com até 65 anos de idade que dormiam entre três e cinco horas por noite tinham o risco 55% maior de morrer de câncer de próstata do que aqueles que dormiam sete horas.

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Curiosamente, seis horas de sono por noite esteve relacionado a um risco 29% maior em comparação a um sono de sete horas, como recomendado pelo National Sleep Foundation, dos Estados Unidos. Já os participantes com 65 anos ou mais não mostraram diferenças significativas entre o risco de morte por câncer e a qualidade do sono.

Consequências

A descoberta contribui para a hipótese de que o ciclo natural do sono-vigília ou ritmo circadiano – a relação entre o período em que dormimos e ficamos acordados e como nosso metabolismo reage – pode desempenhar um papel no desenvolvimento do câncer de próstata.

“Essas descobertas podem contribuir com evidências que sugerem a importância de obter um sono adequado para uma saúde melhor”, disse ao Daily Mail Susan Gapstur, principal autora do estudo, vice-presidente de epidemiologia da American Cancer Society. A médica salienta a importância de outros estudos para entender os mecanismos biológicos e fortalecer essa teoria.

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Um sono insuficiente não só  bloqueia os genes que nos protegem contra o crescimento de tumores, como pesquisas anteriores descobriram que a falta de sono pode inibir a produção de melatonina, um hormônio que controla o ciclo sono-vigília. Baixos níveis de melatonina podem levar a um aumento nas mutações genéticas, redução do sistema de reparo do DNA e um enfraquecimento no sistema imunológico, de acordo com Susan.

Embora a ligação entre o sono limitado e o câncer de próstata não seja clara, a pesquisadora disse que uma das possibilidades pode ser o declínio natural nos níveis de melatonina, produzidos durante o sono, pode reduzir o impacto relativo da falta de sono à medida em que os homens envelhecem.

Câncer de próstata

Além do câncer de pele, o câncer de próstata é o mais comum entre os homens norte-americanos. Cerca de seis entre dez casos são diagnosticados entre homens acima de 65 anos. A cada ano, cerca de 26.700 homens morrem em razão da doença.

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