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Game ´Sea Hero Quest´ pode ajudar no diagnóstico de Alzheimer

O game 'Sea Hero Quest', sobre um idoso perdido no mar, é considerado o maior experimento de pesquisa sobre demência já realizado, revela estudo

Por Da redação
17 nov 2016, 13h17

O game online “Sea Hero Quest” que acompanha a jornada de um idoso ex-explorador do oceano que perdeu sua memória, indica que a habilidade humana de navegação diminui ao longo de vida. Os resultados preliminares do experimento, considerado o maior em pesquisa sobre demência já realizado, foram apresentados durante a conferência de Neurociência realizada entre 12 e 16 de novembro em San Diego, nos Estados Unidos e são importantes porque a desorientação espacial é um dos primeiros sintomas do Alzheimer. 

O jogo, desenvolvido pela Deutsche Telekom e a Alzheimer’s Research UK, foi lançado em maio e já foi jogado por mais de 2,4 milhões de pessoas no mundo. De acordo com seus criadores, os dados gerados equivalem a mais de 9.400 anos de pesquisa laboratorial e podem ajudar a desenvolver um teste rápido de demência. 

Sea Hero Quest

No game, os usuários precisam navegar um barco ao redor de ilhas desertas e oceanos cheios de gelo. Conforme o jogador vai avançando nos níveis, o desafio vai aumentado. Alguns exigem que eles simplesmente naveguem e encontrem seu caminho de volta para casa,  enquanto em outros é necessário memorizar uma seqüência de boias e, em seguida, navegar em torno delas.

Em todos os níveis, o jogo registra anonimamente registra o sentido de direção do jogador e sua capacidade de navegação. A partir desses dados, os pesquisadores concluíram que nosso senso de direção diminuiu consistentemente após a adolescência. Os jogadores de 19 anos tinham 74% de precisão em retornar para casa, mas essa precisão caiu ano a ano até atingir 46% em pessoas de 75 anos.

Os dados também sugerem que os homens têm um senso de direção melhor do que as mulheres e que as nações nórdicas superam o resto do mundo, embora ainda não esteja claro por quê.

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O objetivo da pesquisa é desenvolver uma maneira de diagnosticar a demência em seus estágios iniciais – algo ainda não possível. Isso porquê  tornar-se completamente desorientado é mais comum em pessoas com doença de Alzheimer. O jogo também tem o potencial de ser usado em futuros testes de medicamentos para avaliar a efetividade de possíveis tratamentos, disseram os pesquisadores.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o número total de pessoas que sofriam de demência em 2015 era estimado em 47,5 milhões e este número estava aumentando rapidamente, com o crescimento da expectativa de vida e idade das sociedades. Projeções estimam que números cheguem a 75,6 milhões até 2030 e mais do que tripliquem entre hoje e 2050.

 

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