Filhos de grávidas expostas à poluição urbana têm menores níveis de vitamina D
Estudo francês recomenda a suplementação de vitamina D para mulheres grávidas, especialmente no terceiro trimestre de gestação
Mulheres grávidas expostas à poluição urbana podem dar à luz bebês com níveis baixos de vitamina D. De acordo com estudo que será publicado no periódico Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, essa deficiência pode aumentar os riscos da criança desenvolver doenças na vida adulta.
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VITAMINA D
Também chamada calciferol, a vitamina D promove a absorção do cálcio pelo organismo após a exposição solar. Cerca de 90% da vitamina D que precisamos vem da exposição ao sol. A deficiência da vitamina pode provocar raquitismo, alterações no crescimento e nos ossos, além de reduzir a imunidade. A vitamina D está relacionada ainda ao bom funcionamento do coração, do cérebro e da secreção de insulina pelo pâncreas. A presença significativa da substância é vista em poucos alimentos, como fígado, óleos de peixes gordurosos e gema de ovo.
Dados recentes demonstram que a deficiência de vitamina D em mulheres grávidas pode influenciar o desenvolvimento de asmas e doenças alérgicas nos bebês. Diversos fatores podem influenciar o suprimento de vitamina D nas mulheres – como a exposição a altos níveis de poluição do ar.
“Investigamos a relação entre a exposição gestacional aos poluentes urbanos do ar e os níveis de vitamina D no soro do cordão umbilical”, explica Nour Baïz, do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde e Medicina, de Paris, que coordenou o estudo, feito com 375 pares de mãe e filho. “Nossas descobertas demonstram, pela primeira vez, que a exposição à poluição pode contribuir para uma deficiência de vitamina D nos recém-nascidos.”
A associação entre a exposição e a deficiência de vitamina D foi mais forte para exposições no terceiro trimestre de gestação. Para corrigir o problema, a sugestão dada pelos pesquisadores é que se faça suplementação de vitamina D em mulheres grávidas.
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Giro VEJA - sexta, 19 de abril
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