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Estudo revela nova proteína que contribui para obesidade

Agora são conhecidos três proteínas que inibem a ação da leptina no cérebro, responsável por um maior gasto energético e menor consumo de alimentos

Por Da Redação
14 out 2011, 12h50

Pesquisa da Universidade de Monash, na Austrália, realizada com auxílio de colaboradores dos Estados Unidos, pode explicar mais um mecanismo que faz com que as pessoas se tornem obesas. O estudo identificou uma nova proteína que inibe o hormônio leptina no cérebro, um dos fatores que contribuem para a progressão da obesidade mórbida. O estudo foi publicado nesta sexta-feira no periódico americano Cell Metabolism, e é uma importante contribuição para o desenvolvimento de novos tratamentos da doença.

A pesquisa

O QUE DIZ

Existe uma terceira proteína inibidora de leptina no cérebro, além das duas já conhecidas, responsável pelo desenvolvimento da obesidade mórbida. Cada uma dessas três proteínas age em diferentes estágios da doença.

POR QUE É IMPORTANTE

Conhecer mais sobre como e quais proteínas inibem a leptina pode ajudar no desenvolvimento de novas drogas para combater a obesidade, além de auxiliar na escolha da melhor dieta e atividades físicas para os obesos.

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A leptina faz com que o corpo aumente o gasto de energia e diminua o consumo de alimentos. “A resposta do corpo à leptina diminui em pessoas obesas ou com sobrepeso, como se elas se tornassem resistentes ao hormônio”, explica Tony Tiganis, principal autor da pesquisa e professor do Instituto de Obesidade e Diabetes da Universidade de Monash.

Antes de o grupo identificar uma nova proteína inibidora de leptina no cérebro, duas outras já eram conhecidas. Testes em camundongos revelaram que essa terceira proteína se tornou mais abundante com o ganho de peso, aumentando a resistência à leptina e apressando a progressão da obesidade mórbida. É como se fosse um círculo vicioso: à medida que a pessoa fica obesa, a resistência à leptina torma o proceso de perder peso mais difícil. O estudo também mostrou que esses três reguladores negativos do hormônio produzem efeitos em diferentes estágios, dado que pode ser fundamental para o desenvolvimento de novos remédios.

“Drogas que visam um desses reguladores negativos já são conhecidas em testes clínicos para diabetes tipo 2. Porém, nossa pesquisa mostra que, em termos de sensibilidade à leptina em obesos, focar em apenas uma dessas proteínas não é o suficiente. Todos os três reguladores devem ser desligados”, explica Tiganis.

O estudo ainda mostrou que o ganho de peso foi amplamente evitado em camundongos geneticamente modificados que tiveram dois dos reguladores negativos eliminados do cérebro. A partir daí, os pesquisadores passarão a realizar outros testes para determinar o que acontece quando as três proteínas são neutralizadas, e descobrir se isso é o suficiente para evitar a progressão da obesidade.

Saiba mais

LEPTINA

A leptina é um hormônio produzido pelas células adiposas, que armazenam gordura, e que atua sobre o hipotálamo, parte do cérebro que regula o apetite. Ela é responsável pela diminuição do consumo de alimentos e no aumento de calorias queimadas. Proteínas que bloqueiam esse hormônio são observadas em maior quantidade em obesos ou pessoas com sobrepeso, e contribuem para o aumento da obesidade.

“Simplesmente dizer às pessoas para comerem menos e se exercitarem mais não será o suficiente para reverter essa tendência à obesidade. Há uma necessidade de desenvolvermos novas drogas que auxiliem na escolha da melhor dieta e exercícios físicos, para que todos esses fatores previnam e tratem juntos essa doença”, diz Tiganis.

Obesidade – Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um a cada dez adultos e 170 milhões de crianças no mundo são obesos. A OMS estima que obesidade e sobrepeso são a quinta maior causa de morte mundial: pelo menos 2,8 milhões de adultos morrem a cada ano em decorrência desse problema. De acordo com dados do IBGE, 48% da população brasileira tem sobrepeso e 15% sofre de obesidade.

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