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Estudo identifica principais fatores que influenciam a obesidade infantil

Peso ao nascer, tabagismo materno e amamentação podem prever risco de sobrepeso em crianças menores do que um ano de idade

Por Da Redação
30 out 2012, 18h04

Nascer com um maior peso, engordar rapidamente nos primeiros meses de vida e ter uma mãe que fuma são alguns dos principais fatores que predispõem um bebê de até um ano de idade à obesidade infantil. É o que concluíram pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, após analisarem os resultados de 30 estudos sobre obesidade entre crianças. Esse trabalho foi divulgado nesta segunda-feira no periódico Archives of Disease in Childhood, uma publicação do British Medical Journal (BMJ).

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Systematic review and meta-analyses of risk factors for childhood overweight identifiable during infancy

Onde foi divulgada: revista Archives of Disease in Childhood

Quem fez: Stephen Franklin Weng, Sarah, Redsell, Judy Swift, Min Yang, Cristine lazebrook

Instituição: Universidade de Nottingham, Inglaterra

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Resultado: Filhos de mães que estavam acima do peso na gravidez são até quatro vezes mais propensos a ter excesso de peso na infância; bebês de mães que fumaram durante a gestação têm 37% mais riscos de ter o problema. Também elevam essas chances um maior peso ao nascer, o ganho de peso rápido e o consumo de alimentos sólidos nos quatro primeiros meses de vida

Essa é a primeira vez em que um estudo faz uma revisão de todos os possíveis fatores de risco para a obesidade infantil, segundo Sarah Redsell, coordenadora da pesquisa. De acordo com os resultados, crianças cujas mães estavam acima do peso durante a gravidez são 37% mais propensas a ter sobrepeso. As com índice de massa corporal de 25 a 30 (calcule aqui o seu IMC) aos três anos de idade têm quatro vezes mais chances de ter sobrepeso aos sete anos; e o dobro do risco de ter o problema entre nove e 14 anos de idade. Além disso, segundo os resultados, filhos de mães que fumam durante a gravidez têm 47% mais chances de ter excesso de peso na infância do que as crianças cujas mães não fumam.

Risco na balança – A pesquisa ainda observou que, dos sete estudos que olharam para o peso do bebê ao nascer e a incidência da obesidade na infância, seis concluíram que os dois fatores estão fortemente relacionados. O estudo também indicou que os bebês que ganham peso de forma mais rápida no primeiro ano de vida são até quatro vezes mais propensos a apresentarem sobrepeso aos quatro anos de idade.

Crianças que foram amamentadas durante mais tempo, indicaram os autores, apresentaram um risco 15% menor de se tornarem obesas. Mas aquelas que passaram a consumir alimentos sólidos mais precocemente – antes dos quatro meses de vida – são 6,3 vezes mais propensas a ter excesso de peso aos três anos de idade do que aqueles que passaram a ingerir esses alimentos após os cinco meses.

O estudo não encontrou, porém, dados que sustentassem uma associação entre obesidade infantil e idade, nível de escolaridade ou depressão da mãe na gestação. Os pesquisadores acreditam que esses resultados possam ajudar os médicos a decidir qual tipo de intervenção clínica é adequada em bebês que apresentam algum desses fatores de risco.

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