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Brasil estabelece taxas mais rígidas para controle do colesterol

Para auxiliar na prevenção e no tratamento de pacientes de risco, a Sociedade Brasileira de Cardiologia alterou os valores de referência de colesterol

Por Da Redação
14 ago 2017, 17h43

A partir de agora os cardiologistas terão novos parâmetros para delimitar a taxa de colesterol ruim (LDL) em exames. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) atualizou a Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose e alterou os valores de referência para colesterol e triglicérides, modificando os limites considerados ideais para pacientes em perfis de risco, que já sofreram ou sofrem de problemas cardiovasculares.

Novo parâmetro

Na prática, os novos exames de colesterol indicarão os valores de referência conforme o risco cardíaco do paciente. A mudança atinge principalmente o índice do LDL, chamado de colesterol ruim. De acordo com atualização, o ideal, que antes era de 70 miligramas por decilitro de sangue, passa a ser de 50 miligramas para pessoas com risco cardíaco muito alto – ou seja, quem já sofreu infarto, derrame ou amputações devido à doença arterial.

Os diabéticos entram no grupo de alto risco e devem ter o LDL abaixo de 70 miligramas por decilitro. O índice para pessoas sem fatores de risco é de até 130 mg/dl.

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Com o novo parâmetro, o país passa a ser o mais rígido no controle do colesterol. “Quando uma pessoa que infartou via que o valor ideal [de colesterol ruim] era abaixo de 160, nem voltava ao médico. Mas, para ele, a meta tem de ser mais baixa”, disse André Faludi, presidente do Departamento de Aterosclerose da SBC.

Tratamento diferenciado

O motivo da alteração é a maior facilidade da avaliação e eficiência do tratamento quando considerados os fatores de risco. A partir de agora, os laboratórios devem mudar os índices de referência nos exames. “A primeira diretriz que reduziu os níveis de colesterol LDL para 50 é a do Brasil. Mas a Sociedade de Diabetes Europeia já reduziu para 55 nos pacientes diabéticos com doença cardiovascular. Existe uma tendência. Nos Estados Unidos, para o indivíduo que já teve fator de risco, o tratamento é para reduzir o colesterol o máximo possível”, explicou Faludi.

Pacientes de risco

As novas regras mudam ainda o valor desejável de colesterol total – antes de 200 mg/dl, agora é de 190 mg/dl. Segundo Faludi, manter os índices de colesterol ruim baixos pode ser benéfico para os pacientes, pois reduz o risco de infarto e derrame. No entanto, a maior arma contra o colesterol são as mudanças no estilo de vida, principalmente entre os pacientes de alto risco. Além do acompanhamento médico, a diminuição das gorduras saturadas e trans da dieta e a prática regular de exercícios físicos são essenciais.

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O documento com as novas diretrizes apontou que o consumo de uma a duas porções de soja está associado a uma redução de 5% no colesterol ruim. Além disso, a inclusão de fibras na alimentação e a decisão de banir o cigarro também ajudam.

“A medicação tem de ser usada em muitos casos, mas a primeira ação é a mudança de estilo de vida. Não é nosso objetivo que a população simplesmente tome mais remédio”, concluiu Antonio Carlos Chagas, cardiologista do Hospital do Coração, em São Paulo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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