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Botox é usado no tratamento de bebês com microcefalia

O procedimento foi usado de forma pioneira em hospital de Pernambuco e mostrou eficácia na diminuição da rigidez muscular

Por Da redação
22 ago 2016, 12h53

Famosa em procedimentos estéticos a aplicação da toxina botulínica tem ajudado  a aumentar a flexibilidade das articulações e reduzir as medicações tomadas por bebês com microcefalia. O procedimento, realizado na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), no Recife, já é pioneiramente utilizado na unidade há pelo menos quatro meses. Os 15 pacientes que já passaram pelo processo apresentam mais flexibilidade nos movimentos, de acordo com informações do G1.

“Registramos as crianças antes e depois da aplicação para comparar os resultados e já é possível perceber a diferença na musculatura do quadril e nos braços”, disse o ortopedista pediátrico Epitácio Leite, responsável pela aplicação da toxina nos bebês.

De acordo com Leite, a substância é usada em crianças que têm a malformação e que desenvolvem complicações ortopédicas ao longo dos meses de vida. “São os bebês que têm a musculatura rígida e por isso têm dificuldades para movimentar as articulações dos braços e das pernas”, exemplifica.

Além de melhorar a flexibilidade das articulações, o Botox também ajuda a reduzir as medicações usadas pelas crianças. “Com as articulações mais flexíveis, a tendência é que os espasmos diminuam e, consequentemente, diminui também o uso de medicamentos para combatê-los”, esclarece o médico.

O tratamento consiste em aplicações periódicas da substância, realizadas a cada quatro ou seis meses. “A cada aplicação, o objetivo é avaliar a resposta das crianças e melhorar a flexibilidade das articulações. Os bebês ainda são muito novos para serem submetidos a uma cirurgia e o Botox pode ser uma alternativa até que eles tenham a idade ideal para passar por um procedimento cirúrgico”, completa o médico.

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Contraindicação

Segundo o ortopedista, a aplicação da substância só não é feita nas crianças diagnosticadas com artrogripose, complicação desenvolvida ainda durante a gestação que também dificulta a flexibilidade das articulações. “Depois de avaliações, estamos aplicando somente nas crianças com hipertonia, condição de rigidez dos músculos que pode surgir após o nascimento”, explica o ortopedista.

Pacientes

Maria Isabela Amorim, de dez meses de idade, foi submetida à primeira injeção na última sexta-feira e não segurou o grito e as lágrimas. A mãe, Andresa Silva, consolou a filha com beijos na cabeça. “Fico com o coração apertado por ver o incômodo, mas sei que é para o bem dela”, comenta, aliviada.

Felizmente, o processo é rápido. Durando menos de cinco minutos, a aplicação foi feita após uma avaliação prévia das articulações da criança. Os primeiros efeitos aparecem entre dois e 30 dias.

Andresa espera que o tratamento com a toxina botulínica tenha o mesmo êxito das respostas da filha aos estímulos motores e oftalmológicos durante as consultas,. “Ela não consegue sentar e andar, mas espero que essas aplicações e a fisioterapia melhorem isso”, comenta a mãe.

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