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Associação Paulista de Medicina repudia importação de médicos

"Colocar médicos em regiões sem estrutura, sem medicamentos, sem outros profissionais de saúde, é demagogia semelhante a tentar acabar com a fome interiorizando cozinheiros para locais onde não há comida", afirma entidade

Por Da Redação
24 jun 2013, 19h46

A Associação Paulista de Medicina (APM) divulgou nesta segunda-feira um documento repudiando a intenção, anunciada pela presidente Dilma Rousseff em um discurso em rede nacional na última sexta-feira, de trazer ao Brasil médicos formados no exterior. A proposta foi reafirmada na tarde desta segunda pela presidente, que disse em discurso: “Quando não houver a disponibilidade de médicos brasileiros, contrataremos profissionais estrangeiros para trabalhar com exclusividade no SUS. Não se trata nem de longe de uma medida hostil ou desrespeitosa aos nossos profissionais.”

Em seu documento, a associação diz que a intenção anunciada pelo governo é uma forma de usar a classe médica como um bode expiatório frente à sua falta de capacidade de solucionar as demandas da população. Segundo a APM, não é a falta de profissionais que faz com que certas regiões do país tenham um baixo número de médicos, mas sim a falta de infraestrutura hospitalar. “Colocar médicos em regiões sem hospitais, sem estrutura, sem medicamentos, sem outros profissionais de saúde, é demagogia semelhante a tentar acabar com a fome interiorizando cozinheiros para locais onde não há comida”, diz a entidade.

Leia também:

O grande erro no pronunciamento de Dilma: prometer a ‘importação’ de médicos

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Revalida

Médicos reunidos – A declaração da APM se junta a outras realizadas por diversas entidades médicas do país. No último sábado, a Associação Médica Brasileira (AMB), a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (FENAM) já haviam emitido um documento conjunto se pronunciado contra a declaração da presidente. “O apelo desesperado das ruas é por mais investimentos do Estado em saúde. É assim o Brasil terá a saúde e os ‘hospitais padrão Fifa’, exigidos pela população, e não com a importação de médicos”, diz o texto.

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