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Álcool pode fazer bem à memória, diz estudo

Novos estudos sugerem que o álcool aumenta a capacidade do cérebro de transformar acontecimentos recentes em memórias de longo prazo

Por Da Redação
31 jul 2017, 17h20

Beber para esquecer pode não ser tão a melhor estratégia, pelo contrário. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, sugere que o álcool, quando consumido depois de um acontecimento, ajuda a registrá-lo na memória. Isso porque ao bloquear a apreensão de novas informações, a substância dá ao cérebro a possibilidade de transformar o episódio em memória de longo prazo.

A pesquisa

Para examinar os efeitos do consumo do álcool na memória, os pesquisadores dividiram os participantes, que bebiam apenas socialmente, em dois grupos: após serem submetidos a um teste no qual deveriam aprender palavras novas, os integrantes do primeiro grupo podiam beber o quanto quisessem, enquanto os do segundo não receberam nenhuma bebida alcoólica.

No dia seguinte, ao serem questionados se lembravam do que haviam aprendido no dia anterior, o grupo que consumiu as bebidas se saiu melhor. “Nossa pesquisa não só mostrou que aqueles que beberam álcool melhoraram ao repetir a tarefa de aprendizagem de palavras como esse efeito foi mais forte entre aqueles que beberam mais”, disse Celia Morgan, principal autora do estudo, ao tabloide britânico Daily Mail.

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Bloqueio de novas informações

“As causas desse efeito não são totalmente compreendidas, mas a principal explicação é que o álcool bloqueia a aprendizagem de novas informações e, portanto, o cérebro tem mais recursos disponíveis para estabelecer informações recentes na memória de longo prazo. A teoria é que o hipocampo, área do cérebro realmente importante na memória, inverte sua posição, transferindo essas informações para memórias duradouras.”, explicou a cientista.

Apesar do resultado, os pesquisadores ressaltam que é preciso considerar os efeitos negativos do consumo excessivo do álcool, tanto para a saúde mental quanto a física.

Beber para lembrar

Outro estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Caledônia de Glasgow e da Universidade London South Bank, ambas no Reino Unido, descobriu que o álcool, quando consumido após testemunhar um crime, também poderia ‘proteger a memória’ da testemunha contra informações enganosas

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No estudo, os voluntários assistiram a um vídeo de uma simulação de furto, em que um homem e uma mulher invadiam uma casa e roubavam joias, dinheiro e um laptop. Depois de assistirem ao filme, os participantes foram divididos em três grupos. Os membros do primeiro grupo consumiram álcool, cientes disso. Enquanto isso, o segundo grupo, que acreditava ser o ‘sem álcool’, recebeu doses de bebida sem saber do conteúdo alcoólico. Já o terceiro, ingeriu bebidas não-alcoólicas.

Depois dos ‘drinks’, os participantes receberam informações falsas sobre o crime. Os pesquisadores sugeriram, por exemplo, que o casaco da vítima era verde em vez de azul e que o cabelo do ladrão era castanho em vez de preto. No dia seguinte, a memória deles foi testada e os resultados mostraram que a maioria daqueles que não consumiu álcool se lembrou mais das informações incorretas, enquanto os o haviam ingerido, sabendo disso ou não, lembraram mais das corretas.

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Para os cientistas, isso deve-se ao bloqueio que o álcool causa na recepção de novas informações, inclusive as que podem confundir, sendo menos provável que cause um impacto negativo no que foi testemunhado.

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