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Adesivo indolor pode ser alternativa à vacina contra a gripe

Cientistas americanos desenvolveram um adesivo com microagulhas, que penetram e se dissolvem na pele, com o mesmo efeito da vacina tradicional

Por Da Redação
Atualizado em 28 jun 2017, 15h47 - Publicado em 28 jun 2017, 15h38

Boa notícia para quem tem medo de agulhas. Cientistas do Instituto de Tecnologia da Georgia e da Universidade Emory, ambos nos Estados Unidos, desenvolveram uma vacina contra a gripe em forma de adesivo com microagulhas.

Pressionando-o sobre a pele, as microagulhas a penetram e se dissolvem, liberando os vírus inativados, que fazem parte do processo de imunização. A técnica promete ser uma alternativa indolor, mais prática e de menor custo em relação à vacina tradicional por injeção.

O adesivo

Segundo os pesquisadores, a eficácia do adesivo é semelhante à da vacina tradicional. Assim como qualquer outra vacina, o adesivo, que precisa ficar sobre o pulso por 20 minutos, possui a capacidade de gerar a resposta imunológica do organismo em pacientes adultos. Além disso, mais de 70% dos pacientes disseram preferir o novo método, que obteve 50% menos queixas que a vacina aplicada por seringas.

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No estudo, durante a temporada de gripe de 2014/2015, 100 pacientes voluntários foram divididos em quatro grupos. O primeiro recebeu a vacina contra gripe por meio da injeção intramuscular aplicada por um profissional da saúde. O segundo, a vacinação com o adesivo auto-administrado e o terceiro, o adesivo aplicado por um profissional. Já o quarto grupo de pacientes recebeu um adesivo com microagulhas placebo, também aplicado com a ajuda de um profissional.

Eficácia do método

Os resultados mostraram que a vacina por meio do adesivo é efetiva e segura, sem consequências graves. A resposta dos anticorpos, testada através de amostras de sangue dos pacientes, foi semelhante ao do grupo que recebeu a injeção. Mesmo depois de seis meses da aplicação, a imunização ainda era sentida. Os efeitos colaterais observados foram leves irritações, coceiras e vermelhidões na pele, no local onde as microagulhas penetraram, com a duração de dois a três dias.

“As microagulhas são bem pequenas, você mal consegue vê-las. [Com o novo método], podemos prever a vacinação em casa, no trabalho ou sua distribuição via correio”, disse Nadine Rouphael, uma das autoras da pesquisa. “[Os pacientes] ficaram impressionados com o quão pequenas eram as agulhas e como era fácil de administrar.” O estudo foi publicado no periódico científico The Lancet e financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), dos Estados Unidos.

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Melhor alternativa

Diferente da vacina aplicada por meio de injeções, o adesivo não precisa ser refrigerado. Atualmente, as vacinas tradicionais precisam ser conservadas entre 2ºC e 8ºC por até um ano. Depois de utilizado, o adesivo não gera o risco de contaminar o meio ambiente. Isso significa que eles podem ser descartados em lixo comum.

De acordo com informações da rede britânica BBC, especialistas do Serviço de Saúde Pública da Inglaterra disseram que a técnica também pode ser boa para crianças pequenas, que tendem a não gostar de agulhas. Esse tipo de adesivo com microagulhas já é utilizado pela indústria cosmética em procedimentos estéticos, como na aplicação de botox. Outro método de vacinação por seringas que utilizam microagulhas já foi aprovado pela FDA nos Estados Unidos.

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No entanto, o uso para do adesivo ainda não tem previsão de preços ou disponibilidade no mercado. Segundo os especialistas, mais testes de aplicação precisam ser realizados.

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