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Vice de Freixo defendeu integrante da quadrilha do traficante Uê

Luciana Boiteux, professora da UFRJ, diz que isso “não significa aderir aos crimes”

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Thiago Prado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 out 2016, 20h34

Luciana Boiteux, candidata a vice de Marcelo Freixo à prefeitura do Rio, é advogada criminal com currículo extenso. Dedicada atualmente à vida acadêmica, é professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordena um grupo de pesquisa em política de drogas e direitos humanos. Está afastada dos tribunais há sete anos, mas enquanto advogava teve entre seus clientes uma acusada de associação com o tráfico, Rita de Cassia Lima da Silva. A própria Rita era advogada do traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, que ficou conhecido no Rio de Janeiro pelo apelido de Uê, e responde a processo junto a ele (já morto) e outros dez réus no caso.

“Como advogada criminal, defendi várias pessoas. Isso faz parte do cotidiano”, justifica-se Luciana. “Defender não significa aderir aos crimes. Já advoguei ate para dirigente da Igreja Universal”, acrescenta, referindo-se ao opositor de Freixo, Marcelo Crivella, do PRB, que é bispo licenciado da Universal. O traficante Uê era um dos chefes do tráfico no complexo do Alemão e chegou a ser considerado o bandido mais perigoso da cidade. Ele acabou morto dentro da prisão de segurança máxima Bangu 1 pelos traficantes Fernandinho Beira-Mar e Marcinho VP.

Leia mais: Crivella e Freixo disputarão segundo turno no Rio de Janeiro

Freixo vem enfrentando uma campanha negativa na internet, em que é acusado de defender “bandidos” — a atuação da vice em defesa de Rita seria uma prova disso, dizem os adversários — e “black blocs”. O principal argumento para esta última acusação é uma declaração do candidato em 2013, quando, indagado sobre as depredações durante manifestações, foi vago: “Tem uns métodos que eu acho que são mais eficientes, tem outros métodos que eu acho que são menos. Mas eu não sou juiz pra dizer que movimento é um movimento correto ou não é. Eu acho que qualquer movimento que visa à construção de uma sociedade mais justa é válido, e os métodos são… representam outro debate”.

Nesta quinta-feira, Freixo lançou um site cujo objetivo é reagir a esta campanha. “Não compactuamos com nenhuma forma de violência, seja do estado ou da sociedade. As manifestações nas ruas são legítimas e um direito da democracia, mas não apoiamos nenhum ato violento ou que arrisque a integridade de qualquer pessoa”, escreveu.

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