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Temer tira urgência de projetos anticorrupção propostos por Dilma

A ideia é que os textos sejam analisados junto com as Dez Medidas Contra a Corrupção, apresentadas pelo Ministério Público; decisão foi acertada com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot

Por Da Redação
6 jul 2016, 10h07

O presidente em exercício Michel Temer vai tirar nesta quarta-feira o regime de urgência dos três projetos de combate à corrupção propostos pela presidente afastada Dilma Rousseff, no ano passado, que tramitam atualmente no plenário da Câmara. A proposta foi feita nesta terça-feira pela base aliada de Temer na Casa, após reunião com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Com a determinação, o governo deve incluir as propostas a partir da próxima semana na comissão especial que analisará o projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção, apresentado pelo Ministério Público Federal e por uma ação popular que coletou mais de 2 milhões de assinaturas. Da reunião com Janot, participaram dezoito deputados de catorze partidos.

Segundo o líder do governo, André Moura (PSC-SP), houve um acordo com Janot para tirar o regime de urgência das medidas, pois algumas matérias são consideradas correlatas com os projetos anticorrupção propostos pelo Ministério Público Federal. Para o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, as propostas poderão ser compatibilizadas na comissão.

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Governo Temer ainda não encampou medidas anticorrupção

O pacote de Dilma foi lançado como resposta às manifestações de março de 2015 e inclui criminalização de caixa dois e tipificação do crime de enriquecimento ilícito de agentes públicos.

Moura diz que a iniciativa se justifica por causa da necessidade de discutir as propostas, o que poderá ocorrer na comissão especial para onde os textos serão enviados. A estimativa é de que os trabalhos durem de dez a quarenta sessões plenárias. O líder do governo alegou que o regime de urgência precisa ser retirado para que outros textos prioritários para o Planalto sejam apreciados, como a renegociação das dívidas dos Estados e o projeto que muda regras de exploração do pré-sal.

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O parlamentar afirmou que todos os partidos vão indicar nomes para a comissão até esta quarta, para que o colegiado seja instalado na próxima semana. O compromisso teria sido firmado na reunião com Janot, que pediu celeridade na análise das matérias. Até a manhã desta terça, PMDB, PP, PT, PSC e PC do B não haviam indicado integrantes. Mas, no início da tarde, o PC do B indicou Angela Albino (SC) e o PMDB, Celso Maldaner (SC), Alexandre Serfiotis (RJ), Josi Nunes (TO) e Valdir Colatto (SC). Faltam PT e PSC.

Em nota, Janot destacou que é importante existir uma conversa “franca e aberta” entre Ministério Público e Congresso. Ele afirmou que o objetivo das medidas não é criminalizar a política. “Respeitamos o Parlamento e entendemos que, sem a política, não há solução”, afirmou o procurador-geral da República.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ontem que votará o projeto que define crimes de abuso de autoridade antes do recesso parlamentar, em 13 de julho. A proposta causou estranheza pelo fato de abrigar pontos semelhantes às reclamações de parlamentares em relação à condução da Lava Jato. “Esse projeto vai ser votado, sim. A lei de abuso de autoridade é de 1965. Está velha, anacrônica, gagá. Precisa ser atualizada. A lei não é contra o Ministério Público nem contra o Executivo. É contra o carteiraço, que é hoje uma prática generalizada no Brasil”, afirmou Renan.

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(Com Estadão Conteúdo)

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