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Sobrinho de Pimentel é alvo de nova fase da Operação Acrônimo

Felipe Torres é sócio do governador de Minas numa rede de restaurantes

Por Da redação
Atualizado em 13 set 2016, 16h34 - Publicado em 13 set 2016, 07h59

A Polícia Federal deflagrou a 7ª fase da Operação Acrônimo, na manhã desta terça-feira. O alvo principal é um sobrinho do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Felipe Torres é sócio de Pimentel numa rede do restaurante Madero, em um shopping na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo.  Ele foi alvo de condução coercitiva. A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao todo foram dois mandados de condução coercitiva no DF, PR e SP.

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O segundo alvo da ação foi o empresário Sebastião Dutra, da empresa Color Print. Segundo os investigadores, ele teria omitido notas fiscais falsas para uma empresa que fez obras no restaurante e para a campanha de Pimentel.

A rede de restaurantes Madero informou por meio de nota divulgada nesta terça que “entregou à Polícia Federal os contratos firmados com a F2B Alimentação Ltda, em respeito ao cumprimento do Mandato de Busca e Apreensão” e esclareceu que Torres “foi franqueado do Madero na cidade de Piracicaba-SP até outubro de 2015, quando a franqueadora recomprou a franquia e encerrou o relacionamento comercial”.

A Acrônimo investiga esquema de corrupção envolvendo a liberação de empréstimos do BNDES e outros atos em troca de pagamento de propina para Fernando Pimentel. Na época dos supostos fatos ele era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Dilma Rousseff.

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Em maio, Pimentel foi denunciado pela Procuradoria da República. O Ministério Público atribui a ele os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, Pimentel foi beneficiário de propina de 2 milhões de reais para favorecer a Caoa, entre 2011 e 2014 – primeiro mandato de Dilma.

O governador também foi acusado, em delação premiada do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, de receber 20 milhões de reais do Grupo Caoa. Desse total, segundo o delator, 7 milhões de reais foram repassados diretamente a Pimentel no exterior. O restante teria sido usado na campanha.

A defesa de Felipe Torres enviou ao site de VEJA a seguinte nota:

1. Diferentemente do divulgado pela imprensa, o Sr. Felipe Torres não é sobrinho e não possui relação de parentesco com o Governador Fernando Pimentel, com quem jamais manteve qualquer tipo de sociedade; também não é proprietário de nenhum restaurante – foi até outubro de 2015 proprietário de uma franquia da rede Madero.
2. O Sr. Felipe Torres não foi conduzido coercitivamente, mas prestará declarações hoje, espontaneamente, em local e horário previamente agendados com a Delegada responsável pelo caso. Ressalte-se que desde que tomou ciência, pela imprensa, da existência das referidas investigações, Felipe colocou-se à disposição da Polícia Federal para prestar todos os esclarecimentos em mais de uma oportunidade. 
3. O Sr. Felipe Torres nunca recebeu valores indevidos provenientes de terceiros, sendo absolutamente inverídicas as acusações. Todos os recursos financeiros utilizados para a abertura do restaurante que manteve foram provenientes de sua larga e bem-sucedida atuação profissional como executivo de grandes empresas.
4. O Sr. Felipe Torres apoia todas as investigações realizadas; no entanto, as acusações do delator são falsas e induziram a Polícia Federal ao erro – o que ficará provado no decorrer do inquérito.

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