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Senado aprova Fachin, eleitor de Dilma, para o Supremo

Com perfil abertamente partidário e uma biografia pontuada por posições radicais, jurista gaúcho sucessor de Joaquim Barbosa no Supremo

Por Gabriel Castro, de Brasília
19 Maio 2015, 18h58

O Senado Federal aprovou nesta terça-feira o nome de Luiz Edson Fachin para a cadeira que era de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF). O indicado por Dilma Rousseff teve 52 votos a favor e 27 contrários – um terço da Casa -, em deliberação secreta.

Os 27 votos contrários têm as digitais do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), insatisfeito com o governo, que trabalhou pessoalmente nos bastidores para tentar barrar a indicação.

Ao abrir a sessão, Renan se defendeu: “Esse processo de indicação do nome para a presidente do STF eu fiz exatamente o que cabe ao presidente do Congresso e do Senado fazer: conduzi esse assunto com absoluta isenção”.

​O senador capixaba Magno Malta, do PR, foi o único a usar a tribuna para discutir a indicação. Ele defendeu o voto contrário a Fachin por causa das posições dúbias do ministro a respeito de temas como a legalização das drogas e a concepção de família.

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Fachin poderá ficar no Supremo até 2033, quando completará 75 anos de idade.

Resultado – Ronaldo Caiado, líder do DEM, lamentou o resultado: “Existe uma identificação direta político-ideológica com o PT. E isso tira dele aquilo que é fundamental para um juiz, que é a imparcialidade”.

Um grupo de manifestantes do Movimento Brasil Livre (MBL) organizou um buzinaço contra Fachin ao lado do Congresso Nacional antes e depois da votação.

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Trajetória – O STF terá nos próximos anos um ministro que descumpriu a lei. Fachin atuou como advogado particular enquanto era procurador do Estado do Paraná e recebeu recursos para defender o governo paraguaio ao mesmo tempo em que era professor da Universidade Federal do Paraná. Nos dois casos, descumpriu a legislação vigente à época.

Fachin também defendeu posições heterodoxas sobre a família – que, na visão dele, não pode manter o modelo monogâmico. Ele ainda manifestou-se pela flexibilização do direito à propriedade para permitir o confisco de terras produtivas para a realização da reforma agrária.

O novo ministro declarou explicitamente seu apoio à eleição da presidente Dilma Rousseff, em 2010. Ele protagonizou um dos vídeos da campanha no qual disse fazer parte de um grupo de juristas que “têm lado”.

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Gaúcho de Rondinha, Fachin tem 57 anos. Formou-se em direito na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e completou mestrado e doutorado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Em 1991, passou a lecionar na UFPR.

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