A direção nacional do PT decidiu aplicar pena de suspensão por sessenta dias ao senador Delcídio do Amaral (MS), líder do governo Dilma Rousseff no Senado. A penalidade era defendida pela bancada de senadores do PT, embora a cúpula do partido pretendesse expulsar Delcídio de imediato. Ele foi preso na semana passada por tentar negociar favorecimentos ao réu já condenado e delator da Operação Lava Jato Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. Delcídio será submetido a um processo disciplinar na Comissão de Ética do partido – a expulsão é a punição máxima ao fim do processo. Mesmo que venha a ser solto pela Justiça, ele não poderá retomar, nesse prazo, as prerrogativas dentro do partido, tampouco retornar ao cargo de líder, por estar com a filiação suspensa. “Foi decidido por unanimidade na Comissão Executiva Nacional. Consideramos as atividades dele grave e passíveis de expulsão, mas quem promove a expulsão é o Diretório Nacional”, disse o presidente do PT, Rui Falcão. A punição aplicada ao senador é a mesma a que foi submetido o ex-deputado em São Paulo Luiz Moura, flagrado em reunião da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). (Felipe Frazão, de Brasília)