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PSDB busca coalizão da oposição sobre impeachment

Partido definirá posição sobre o tema na próxima quarta. Presidente da legenda, senador Aécio Neves falou em tratar a questão com 'serenidade' e 'responsabilidade'

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 abr 2015, 18h30

Depois de solicitar a elaboração de pareceres jurídicos para a formalização de um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o PSDB agora tenta unir forças com outros partidos de oposição em torno do pedido de afastamento da petista, com base nos argumentos de que ela se omitiu diante dos escândalos de corrupção na Petrobras, cometeu crime de responsabilidade fiscal e ainda utilizou dinheiro de propina em sua campanha eleitoral. O partido agendou para o próximo dia 6 uma reunião com presidentes e líderes dos principais partidos de oposição – PPS, DEM e Solidariedade – e, em seguida, deve anunciar uma posição única sobre o tema.

Internamente, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), age com cautela e tenta barrar a pressa da bancada na Câmara para apresentar o pedido. O tucano tem receio de que o pedido de impeachment soe como um pleito unicamente do partido e ainda tem dúvidas sobre o melhor momento para apresentar o requerimento.

“As denúncias [contra a presidente] se agravam a cada dia. É com extrema serenidade e responsabilidade que definimos os passos que daremos. Nenhum está descartado. Mas não nos precipitaremos e atuaremos de forma responsável. Não deixaremos impunes os crimes que foram cometidos pelo atual governo durante o processo eleitoral, nos últimos anos, e, eventualmente ate no início deste mandato”, disse Aécio. Ele se reuniu nesta tarde com deputados do DEM, PPS e Solidariedade, acompanhado pelo líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).

Aécio disse que já há manifestações de juristas apontando para o cometimento de crime de responsabilidade e que novas denúncias contra a presidente estão sendo incorporadas à avaliação sobre o impeachment. “Vamos agir de forma articulada com os partidos de oposição. O ideal é que a manifestação não seja apenas da bancada da Câmara ou do Senado, seja de todo o partido, por isso estou convidando os presidentes nacionais dos partidos de oposição. Vamos com a coragem necessária, mas com a responsabilidade devida para tratar desse assunto”.

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“Nós apresentamos provas robustas de abuso de poder econômico e político na campanha eleitoral e, o que assistimos de lá para cá, foram órgãos de controle do governo mostrando que houve esse abuso. O próprio Tribunal de Contas da União (TCU) já atesta que houve uma utilização ilegal dos Correios beneficiando a candidatura oficial. Soubemos há poucos dias que a Controladoria-Geral da União (CGU) submeteu sua agenda à agenda eleitoral, o que é um crime de extrema gravidade. E as denúncias na Lava Jato apontam para que pode ter havido dinheiro da propina no caixa do PT e, do caixa do PT, transferido para a campanha eleitoral”, afirmou Aécio.

Um dos principais defensores do impeachment de Dilma, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirma que já há provas “robustas e cabais”, tanto na doutrina quanto na jurisprudência, sobre a responsabilização da presidente. Ele, porém, ouviu o apelo de Aécio e decidiu aguardar o anúncio de um “movimento uníssono”. “A bancada está fechada, mas vai decidir pelo consenso. A ideia é que o movimento seja único e mais forte”, disse. Sampaio acrescentou que já há um parecer pronto que aponta que Dilma foi omissa no escândalo de corrupção na Petrobras, elaborado pelo jurista Ives Gandra, e que a análise sobre as chamadas pedaladas fiscais, feitas por Miguel Reale Jr, estão em processo de conclusão.

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