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Protesto contra Temer na Paulista encolhe e vira ‘ato cultural’

Manifestação reúne público muito menor do que as anteriores. E não fará caminhada desta vez. Houve princípio de confusão

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 set 2016, 17h52 - Publicado em 18 set 2016, 17h24

O domingo de sol na cidade de São Paulo levou o público neste domingo à Avenida Paulista para andar de bicicleta e passear – mas não para engrossar o protesto anti-Temer organizado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que reúne movimentos como o dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), além de centrais sindicais como a Intersindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Um número muito menor de manifestantes em relação ao dos protestos anteriores (11 e 4 de setembro) está reunido desde as 14 horas em frente ao Masp. O público ocupa basicamente apenas a frente do museu.

O grupo ocupa as duas faixas da Paulista na extensão do museu, e músicos e oradores se revezam no uso de um carro de som. Mais cedo, outro grupo, de cerca de 40 pessoas pedia o fim da politização da educação nas escolas, em frente à Faculdade Cásper Líbero, com bandeiras e megafone.

“Esta é uma nova onda, um levante popular pós-impeachment. Todo mundo achava que o pessoal ia para casa, consumado o golpe. Mas nada disso. O que se viu foi uma mobilização não só contra o golpe que foi dado, mas também uma mobilização em torno de muita preocupação em relação às medidas anunciadas pelo presidente Temer como a história das 12 horas [de jornada de trabalho] que o governo voltou atrás e a história da [reforma da] Previdência”, disse à Agência Brasil Raimundo Bonfim, coordenador-geral da Central dos Movimentos Populares e integrante da Frente Brasil Popular.

Os organizadores disseram que pretendem permanecer na Avenida Paulista, com a apresentação de artistas e músicos. “As caminhadas no domingo não encontram muitas pessoas [nas ruas] para se poder passar uma mensagem. Fazemos a caminhada e acabamos dialogando com o nosso público mesmo. E no último protesto, uma parte [dos manifestantes] não desceu. Ficou aqui mesmo pela Paulista. Então decidimos fazer um ato aqui mais cultural, com algumas intervenções políticas, mas menos. Foi um experimento ficar aqui pela Paulista. E ficar aqui também nos dá mais segurança porque a violência da Polícia Militar tem ocorrido após termos saído da Paulista”, disse Bonfim.

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Segundo o comandante das operações da PM no local, capitão Malagutti, os manifestantes informaram que não haverá movimentação e a previsão é que o protesto acabe por volta das 18 horas. A PM não divulgou estimativa do número de participantes. A CET planeja liberar a avenida neste horário, mas vai restringir o bloqueio à região onde houver concentração.

Houve um princípio de confusão quando policiais tentaram deter uma mulher que vendia bebidas num isopor. O ex-senador Eduardo Suplicy tentou intervir, mas foi afastado junto com o grupo que cercava os PMs, que usaram gás de pimenta e cassetetes. O político subiu ao palco e discursou contra a violência da abordagem. A ambulante que foi detida na confusão estava com um tablet, e pediram no carro de som para quem achasse devolvê-lo.

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