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PGR encaminha delação de Funaro para homologação de Fachin no STF

Doleiro, que atuava como operador de propinas do PMDB na Câmara, promete ter provas do envolvimento de Michel Temer no esquema de corrupção

Por Da Redação
Atualizado em 29 ago 2017, 19h06 - Publicado em 29 ago 2017, 18h18

A delação do doleiro Lúcio Bolonha Funaro chegou nesta terça-feira ao gabinete do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Cabe a ele homologar o acordo que Funaro firmou com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Após a conclusão do procedimento, o Ministério Público Federal (MPF) poderá utilizar as informações prestadas pelo operador financeiro para levar as investigações adiante.

Antes de homologar a delação, Fachin convocará o colaborador para confirmar que o acordo foi assinado de forma espontânea. O acordo foi assinado há uma semana, na sede da PGR, em Brasília. O doleiro vem prestando depoimentos aos investigadores desde então.

O conteúdo da delação é mantido em sigilo. Nas conversas com a PGR, Funaro detalhou a sua atuação como operador de propinas do PMDB na Câmara dos Deputados. O grupo político é liderado pelo presidente Michel Temer (PMDB) e tem entre os seus principais integrantes os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco e os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves. Além deles, outro importante representante dos peemedebistas da Câmara é o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba por ordem do juiz Sergio Moro.

A expectativa dos investigadores é que as informações do doleiro contribuam para a nova denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai apresentar contra Temer. Reportagem de VEJA revelou que Funaro e Cunha prometiam ter informações capazes de comprometer o presidente, sobretudo em relação à arrecadação de valores para a bancada do PMDB na Câmara. Por esse motivo, travavam um duelo para fechar um acordo de delação e usufruir de seus benefícios: com as mesmas coisas a dizer, não faria sentido para a Procuradoria-Geral da República (PGR) que ambos colaborassem.

Em março, durante entrevista a VEJA, Lúcio Funaro declarou ter se encontrado pessoalmente com Michel Temer, mas o presidente alega que não o conhece. No último dia 2, a Câmara dos Deputados recusou a autorização para que Temer fosse processado a partir de uma primeira denúncia por corrupção passiva apresentada pela PGR. O presidente ainda é alvo de inquéritos por organização criminosa e obstrução de Justiça.

(Com Estadão Conteúdo)

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