Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PF abre inquérito sobre compra de térmicas no governo FHC

Investigadores apuram um suposto esquema de corrupção na aquisição das empresas envolvendo as empresas Alstom/GE e NRG

Por Da redação
Atualizado em 5 out 2016, 15h06 - Publicado em 5 out 2016, 14h44

A Operação Lava Jato investiga um suposto esquema de corrupção na compra de termoelétricas pela Petrobras, no período de 1999 a 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a aquisição envolvendo as empresas Alstom/GE e NRG. A investigação parte da delação do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, que, na década de 1990, era gerente de energia do Departamento Industrial da estatal petrolífera.

O delator narrou que, em 1997, “se vislumbrou a possibilidade de uma crise energética no Brasil” e que a Petrobras começou a negociar o desenvolvimento de térmicas. Ele apontou o ex-senador e ex-líder do Governo Dilma no Senado Delcídio do Amaral, que, na época, exercia a função de diretor da Petrobrás.

“Em 1999, Delcídio do Amaral assumiu uma das Diretorias da Petrobras, denominada provisoriamente Diretoria de Participações; que Delcídio do Amaral chamou o declarante para trabalhar com ele na Diretoria de Gás e Energia da Petrobras; que, em fevereiro de 2000, o presidente da República Fernando Henrique Cardoso criou um programa prioritário de termoelétricas (PPT), para geração de energia por meio de termo elétricas para enfrentar a crise conhecida como ‘apagão'”, diz o relato de Cerveró.

LEIA TAMBÉM:
Lula é indiciado pela PF por contratos de sobrinho em Angola
Impeachment é ‘remédio constitucional’ e não vai parar Lava Jato, diz FHC

O ex-diretor afirmou que a primeira empresa a fornecer turbinas para a Petrobras para construção e exploração de termoelétricas foi a ABB, em 1999, posteriormente adquirida pela Alstom, depois adquirida pela GE. “Nessa primeira aquisição de turbinas já houve o pagamento de propina”, que “foi negociada com o representante da ABB no Rio de Janeiro”, afirmou Cerveró.

Continua após a publicidade

“Se acertou o pagamento de uma propina de 600.000 a 700.000 dólares para o próprio declarante e um valor um pouco menor, do qual o declarante não tem conhecimento, aos funcionários que trabalhavam com o declarante na Petrobras”, diz o relato. Cerveró também afirmou que “nessa época abriu uma conta na Suíça para receber propina”.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso informou que “não tem informações sobre este inquérito, mas sempre é favorável que denúncias sejam apuradas.” Também por meio de assessoria, a GE informou que “não foi notificada sobre esse inquérito. A empresa não vai comentar, já que não comenta nenhum tipo de especulação”.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.