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Os bastidores do vai e vem ministerial: os rebeldes e a ‘pasta enxaqueca’

Por Da Redação
4 nov 2014, 08h54

Pasta enxaqueca – A presidente Dilma tem quebrado a cabeça para decidir o que fazer com o Ministério de Minas e Energia. A saída do ministro Edison Lobão (PMDB-MA) é dada como certa, depois de ele ter sido citado, ainda sem provas, nas denúncias da Operação Lava Jato, que apura desvios na Petrobras por meio de um megaesquema operado pelo doleiro Alberto Youssef. O enigma é: quem colocar em seu lugar?

De volta ao ninho – O nome do governador baiano Jaques Wagner (PT-BA) é o que mais agrada à presidente para Minas e Energia. Mas, tirar a pasta do PMDB e repatriá-la ao PT depois de quase dez anos sob o comando de apadrinhados do clã Sarney não será tarefa fácil. Recém-chegada da Base Naval de Aratu, na Bahia, onde passou os últimos cinco dias, Dilma estuda o que poderá propor aos aliados em troca da retomada do Ministério.

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Adiós – Enquanto seu nome circula nos corredores de Brasília, o governador baiano está de férias. Partiu rumo à Europa logo depois de recepcionar a presidente na Bahia, na última quarta-feira. Wagner ficará até o fim da semana entre Portugal e Espanha.

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Em alta – Wagner surge como um dos nomes fortes do próximo governo Dilma. Num momento em que o país vive uma de suas piores crises energéticas, o Ministério de Minas e Energia se apresenta, mais do que nunca, como uma pasta estratégica. Além disso, teve a oitava maior dotação orçamentária em 2014, de 30 bilhões de reais.

Nem aí – A aliados, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinalizou que o futuro da pasta não é sua prioridade no momento. Suas energias estão direcionadas para garantir a presidência da Câmara em 2015.

Nanicos na fila – Por falar em Câmara, a costura para criar o G-10, grupo formado pelos dez menores partidos na Casa, tem na mira aumentar o poder de barganha com o Palácio do Planalto para além da fronteira do Congresso Nacional. Com uma composição mais robusta – a meta é chegar a 56 integrantes -, os deputados querem espaço privilegiado no alto escalão do governo.

Chutando alto – A lógica está definida: “Se o PMDB, com sessenta deputados, tem cinco ministérios, nós teríamos direito a pelos menos três ou quatro”, resume o presidente do PHS, Eduardo Machado. Para formar a terceira maior bancada da Casa, o G-10, formado, além do PHS, pelo PEN, PTN, PEN, PSL, PTC, PRTB, PSDC, PRP, PMN, PTdoB, negocia a aliança também com o Pros e o PRB, que, juntos, terão 32 parlamentares na Casa no próximo ano.

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Unidos – Para as duas legendas, hoje aliadas ao governo, a adesão pode significar maior respaldo para manter as pastas: o PRB hoje comanda a Pesca e agora pleiteia um Ministério de orçamento mais “robusto”, como Turismo ou Esporte, enquanto o Pros trabalha para permanecer à frente da tão disputada Integração Nacional.

Gula – O PSD foi o primeiro partido a declarar apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. E será o primeiro a cobrar a fatura: Gilberto Kassab pediu um encontro com a petista e foi atendido. Nesta quarta-feira, ele vai se reunir com Dilma acompanhado de aliados. O PSD quer o Ministério das Cidades, que, tudo indica, vai para o próprio Kassab. A legenda avalia, contudo, que apenas um Ministério é pouco para o tamanho do partido.

Entrou água – Parlamentares rebeldes, inclusive do PMDB, ameaçam a iminente nomeação de José Eduardo Cardozo para o Supremo Tribunal Federal. Sem a certeza de que o nome dele vai ser aceito pelo Senado, a presidente Dilma pode mantê-lo por mais tempo no Ministério da Justiça.

(Ana Clara Costa e Luís Lima, de São Paulo, e Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília)

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