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Oposição diz que Dilma tenta fugir das reivindicações das ruas

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), questionou a legalidade do plebiscito sugerido pela presidente e disse que reforma política pode ser realizada por meio de Propostas de Emenda à Constituição

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jun 2013, 20h46

Líderes da oposição acusaram a presidente Dilma Rousseff de fugir da reivindicação central das manifestações, que pedem melhorias no transporte público, na educação e na saúde, e de jogar para o Congresso Nacional um problema que o governo, em seus dez anos de mandato, não soube resolver: a reforma política.

Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a presidente frustrou os brasileiros. “O que se viu hoje foi um Brasil velho falando para um Brasil novo. O Brasil velho onde os governantes não assumem as suas responsabilidades, sempre buscam transferi-las para terceiros, não reconhecem os equívocos que viveram e buscam desviar a atenção com novas propostas”, afirmou o parlamentar mineiro, um dos prováveis adversários de Dilma nas eleições de 2014.

O senador tucano ressaltou que a oposição sempre apoiou uma reforma política e lamentou o fato de o governo, que detém ampla base no Congresso Nacional, não ter aprovado o tema. Aécio Neves alegou ainda que Dilma, da mesma forma em que busca se descolar das manifestações ao transferir para estados e municípios a missão de desonerar as tarifas para o transporte público, empurra para o parlamento a responsabilidade de encontrar uma reformulação para o sistema político. “Não houve empenho do governo federal em dez anos na condução da reforma política e ela agora, para desviar a atenção, transfere a questão para o Congresso. Faltou ao governo coragem para assumir a sua parcela de culpa”, disse.

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), ponderou que o Supremo Tribunal Federal (STF) teria de ser ouvido antes de qualquer decisão. Para o senador, em vez de a presidente debruçar-se sobre as demandas da população, ela está apostando em um tema que não é central neste momento e que pode trazer mudanças perigosas. “Uma assembleia constituinte com o fim único de fazer reforma política corre o risco de resultar no encurtamento de mandato ou mudança de regime político”, afirmou Agripino. “É isso que o Brasil precisa discutir ou há outras coisas mais urgentes que se impõem?”, questionou.

A oposição sustenta ainda que a reforma política poderia ser feita por meio de um Proposta de Emenda à Constituição (PEC), sendo desnecessária a convocação de um plebiscito. “É fácil e o Congresso está pronto. Basta que a base do governo concorde em votar”, afirmou o líder do DEM. “Se cabe ao Congresso convocar uma constituinte, por que a maioria desse Congresso, que é da base de sustentação da presidente, não faz? Isso que ela tem que responder. A Dilma parece uma noviça no governo, quando está com o seu partido há mais de dez anos de mandato”, completou o presidente do Mobilização Democrática (MD), Roberto Freire (SP).

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