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Okamotto explica ajuda da OAS para guardar acervo de Lula

Presidente do instituto que leva o nome do petista foi denunciado por lavagem de dinheiro pela força-tarefa da Lava Jato

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 set 2016, 12h03 - Publicado em 15 set 2016, 18h10

Denunciado por lavagem de dinheiro na mesma ação de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, justificou-se nesta quinta-feira das acusações que pesam contra ele na Lava Jato por ter intermediado o pagamento da OAS à empresa responsável por guardar o acervo do ex-presidente. Okamotto admitiu que pediu apoio à empreiteira para bancar o transporte e o armazenamento dos materiais, que o fez porque a instituição estava sem recursos na época, e negou que o benefício se tratava de propina do petrolão.

“Nós não tínhamos dinheiro. Eu realmente pedi para OAS. Me fala qual é o crime disso”, questionou. Indagado se não via problema em solicitar ajuda financeira a uma empreiteira que recebe milhões em contratos com o governo federal, ele respondeu: “Qual a empresa do Brasil que não tem nenhuma relação com o governo. Me indique uma que o governo de uma forma ou de outra não tenha relação, ou para fazer alguma legislação ou para usar financiamento”.

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A OAS pagou por cinco anos, entre 2011 e 2016, um total de 1,3 milhão de reais para que os pertences do acervo – todo o tipo de presentes que Lula ganhou enquanto presidente – ficassem guardados em um depósito da empresa Granero.

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A procuradoria da Lava Jato diz que esse montante foi quitado como “dívida de propinas” por favores obtidos em contratos da Petrobras. Okamotto rebateu a denúncia: “Propina do quê? Para mim nunca falaram que era propina, mas um pagamento para manter um acervo que teoricamente tem um patrimônio cultural. Acho, inclusive, que a OAS deveria ter reivindicado a Lei Rouanet porque é um material cultural, de interesse da sociedade”, disse ele.

Questionado sobre o motivo da escolha da OAS, Okamotto ironizou, dizendo que qualquer empresa poderia ter feito o serviço. “Porque foi o primeiro empresário que eu conhecia que vi ali na hora. Se fosse a Rede Globo, podia ter pedido para a Rede Globo. Se tivesse sido o Pão de Açúcar, seria o Pão de Açúcar. Até tentamos outras alternativas, mas não achamos”, disse ele.

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