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Novo líder do governo tem escândalo dos ‘dólares na cueca’ no currículo

Assessor José Guimarães foi flagrado em 2005 com dinheiro escondido. Saída de Henrique Fontana se dá após embate com Eduardo Cunha

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 fev 2015, 17h15

Em busca de uma reaproximação com sua base no Congresso Nacional, o Planalto decidiu trocar o comando da liderança do governo na Câmara: sai Henrique Fontana (PT-RS), que se envolveu em um embate com o novo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e assume o ex-líder do PT José Guimarães. O petista tem como uma de suas principais marcas um mal explicado episódio em que seu assessor foi encontrado com dinheiro escondido na cueca.

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Em 2005, quando o mensalão já causava dores de cabeça para o governo e arrastava para o centro do escândalo justamente o irmão do novo representante do governo, o ex-presidente do PT José Genoino, o assessor de Guimarães, José Adalberto Vieira, foi preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com 100.000 dólares na cueca, além de outros 209.000 reais guardados em uma maleta. O funcionário viajaria para Fortaleza, berço eleitoral do petista.

Dinheiro apreendido pela Polícia Federal, quando José Adalberto Vieira da Silva, assessor do deputado estadual José Nobre Guimarães (PT-CE, irmão do presidente nacional do PT, José Genoíno), tentava embarcar para Fortaleza
Dinheiro apreendido pela Polícia Federal, quando José Adalberto Vieira da Silva, assessor do deputado estadual José Nobre Guimarães (PT-CE, irmão do presidente nacional do PT, José Genoíno), tentava embarcar para Fortaleza (VEJA)
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De acordo com o Ministério Público, os dólares eram uma propina que Guimarães iria receber por intermediar um financiamento entre um consórcio de energia e o Banco do Nordeste do Brasil. A Justiça, porém, livrou o líder do governo do processo em 2012, sob o argumento de que não havia elementos que ligassem o deputado ao dinheiro apreendido com o assessor.

Ao ser confirmado no principal cargo de confiança entre o governo e a Câmara, Guimarães agradeceu a confiança da presidente Dilma Rousseff e classificou o cargo como um dos “maiores desafios da carreira”. Guimarães disse ainda que cumprirá a função com “dedicação e respeito público”.

Embate – A mudança no comando da liderança do governo revela que o embate protagonizado durante as eleições à presidência da Casa ainda não foi superado. Na reta final da disputa, o então líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), fez duras críticas a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por ter divulgado um áudio, claramente forjado, que traria uma negociata de dinheiro envolvendo o novo presidente. Fontana também defendeu que ministros participassem da campanha contra Cunha. Como reação, o então candidato chamou Fontana de um líder “fraco” e “desagregador” e disse que não se submeteria mais à liderança do petista.

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“A partir de uma circunstância criada da disputa em que eu atuei em favor do Arlindo Chinaglia, eu entendi que ser líder do governo é uma função que demanda conversas diárias com o presidente da Casa. E a circunstância política atual indica que meu nome não é o ideal a partir da vitória do presidente Eduardo Cunha”, disse Fontana, na tarde desta terça-feira. O petista afirmou que partiu dele a iniciativa de procurar o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, e anunciar que deixaria o cargo.

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