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MP vai investigar compra de apartamento de Palocci

Lavagem de dinheiro em negócio de 4 milhões de reais envolvendo o ex-ministro da Casa Civil foi revelado por VEJA em junho

Por Da Redação
26 jul 2011, 11h00

O Ministério Público de São Paulo decidiu abrir investigação sobre crime de lavagem de dinheiro envolvendo a compra do apartamento ocupado desde setembro de 2007 pelo ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, em Moema, zona sul da capital paulista. O imóvel, avaliado em 4 milhões de reais, pertence a Gesmo Siqueira dos Santos, filiado ao PT de Mauá (SP) há 23 anos e com folha corrida com mais de 120 inquéritos policiais.

No início de junho, VEJA revelou que o mega-apartamento de 640 metros quadrados alugado pelo ministro há quatro anos pertence a uma empresa de fachada que está em nome de um laranja de 23 anos, morador de um casebre na periferia de Mauá e que recebe 700 reais por mês: Dayvini Costa Nunes. O apartamento foi repassado à empresa por Gesmo Siqueira dos Santos, tio de Dayvini que responde a 35 processos na Justiça.

A apuração ficará sob responsabilidade do Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartéis e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos (Gedec), braço do Ministério Público. A medida foi tomada pela Procuradoria-Geral de Justiça a partir de representação do PSDB paulista, subscrita pelo deputado Pedro Tobias.

A procuradoria também encaminhou cópia da petição ao chefe do Ministério Público Federal, Roberto Gurgel, para um segundo procedimento sobre eventual improbidade envolvendo Palocci. O aluguel do apartamento é de cerca de 15.000 reais. Quando Palocci o alugou recebia 16.000 reais por mês como parlamentar. Na Procuradoria da República do Distrito Federal já existe investigação de âmbito civil sobre as atividades de uma consultoria de Palocci, a Projeto.

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Em outra representação do PSDB, os senadores Álvaro Dias (PR) e Demóstenes Torres (GO) sustentam que “parece clara a prática de fraude mediante simulação, pois o apartamento teria sido adquirido pelo ex-ministro e registrado no nome de terceiro”. Para os tucanos, “os indícios apontam para a prática de atos simulados que tinham como objetivo a fruição, pelo ex-ministro, do imóvel, sem que seu nome aparecesse ligado à propriedade do bem”.

O criminalista José Roberto Batochio, advogado de Palocci, rechaçou suspeitas de irregularidade. “A locação do imóvel se deu mediante absoluta licitude, por meio de uma imobiliária, dentro dos parâmetros legais. Quanto ao dono do imóvel, não sabe nem compete a ele averiguar. Senão, ao comprar um automóvel vão querer saber quem é o mecânico que apertou o parafuso”, comenta.

(Com Agência Estado)

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