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Moro adia depoimento de compadre de Lula para dia 20 de setembro

Juiz federal acatou solicitação da defesa de Roberto Teixeira, que está em casa se recuperando de problemas de saúde

Por Da Redação
11 set 2017, 18h37

O juiz federal Sergio Moro acatou o pedido da defesa do advogado Roberto Teixeiracompadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e adiou para as 13h30 do dia 20 de setembro o depoimento que ele deverá prestar no âmbito da Operação Lava Jato. Teixeira está repousando em sua casa após ter recebido alta do Hospital Sírio-Libanês, onde ficou internado por problemas cardíacos. Ele foi proibido pelos médicos de sair de São Paulo.

Teixeira foi internado na véspera da primeira audiência marcada por Moro, na quarta-feira, 6. Segundo o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, responsável pela defesa do advogado, os médicos disseram que a “gravidade dos sintomas recentes” exigem que ele permaneça em observação, em repouso e impossibilitado de deixar a cidade de São Paulo. Para embasar o pedido, a defesa anexou um relatório que detalha o quadro de saúde do advogado.

“O relatório médico em anexo dá notícia do seguinte diagnóstico: (1) insuficiência coronariana com infarto do miocárdio em 1981, revascularização cirúrgica do miocárdio em 2006 e angioplastia coronariana em 2016. A recente internação deve-se a quadro de angina instável; (2) insuficiência cardíaca secundária à miocardiopatia isquêmica; bem como (3) arritmia cardíaca controlada com uso de medicação”, diz o boletim médico.

O depoimento de Teixeira estava marcado para esta quarta-feira, 13, mesmo dia em que ocorrerá a audiência em que Lula reencontrará Sergio Moro. Eles serão ouvidos no processo em que a força-tarefa atribui ao petista os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Teixeira e Lula são réus no mesmo processo. Segundo o Ministério Público Federal, propinas pagas pela Odebrecht chegaram a 75 milhões de reais em oito contratos com a estatal. Este montante, segundo os investigadores, inclui um terreno de 12,5 milhões de reais para comprar um imóvel que seria para o Instituto Lula – mas que nunca foi usado – e 504 mil reais para a aquisição do apartamento vizinho ao que o petista mora, em São Bernardo do Campo.

Teixeira é acusado de lavagem de dinheiro por ter simulado um contrato de aluguel para o apartamento, que, de acordo com o MPF, teria sido dado ao ex-presidente, como fruto de propina em contratos da Odebrecht com a Petrobras. Teixeira é sogro de Cristiano Zanin Martins e pai de Valeska Teixeira Zanin Martins, advogados do petista no processo.

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Palocci

Na última semana, o ex-ministro Antonio Palocci, que também é réu no processo, incriminou Lula ao prestar depoimento a Moro. Ele citou um “pacto de sangue” entre o empresário Emílio Odebrecht e Lula, que teria envolvido um “pacote de propinas” ao petista no final de seu segundo mandato no Palácio do Planalto, em 2010.

O ex-ministro disse ao magistrado que a denúncia do MPF “procede” e que participou das tratativas sobre vantagens indevidas. Afirmou, ainda, que a relação entre os governos petistas e a empreiteira era “bastante intensa, movida a vantagens dirigidas à empresa e propinas pagas pela Odebrecht para agentes públicos”.

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A defesa de Lula nega todas as acusações e diz que Palocci mentiu para tentar conseguir fechar o acordo de delação premiada que está negociando com o MPF. Palocci está preso em Curitiba desde setembro do ano passado.

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