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Marquinhos Trad e Rose Modesto disputam 2º turno em Campo Grande

Atual prefeito Alcides Bernal ficou apenas em terceiro lugar, 2610 votos atrás da vice-governadora Rose Modesto

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 out 2016, 19h44

No primeiro ano de sua administração, o pepista Alcides Bernal perdeu o cargo de prefeito de Campo Grande em meio a denúncias de beneficiamento a empresas. Voltou ao posto depois de uma liminar e viu o vice Gilmar Olarte (Pros) ser apontado como o mentor de uma trama para comprar votos de vereadores e conseguir a derrocada do então aliado. Desde então, Bernal encarnou o discurso vitimista de que não pode atuar plenamente como prefeito de Campo Grande. A retórica foi utilizada ao longo do restante de sua administração e como pano de fundo nesta disputa eleitoral. Seu principal adversário e sempre líder nas pesquisas de intenção de voto era o deputado estadual Marquinhos Trad (PSD), da tradicional família que já comandou a prefeitura de Campo Grande por dois mandatos.

A ascensão de Trad, embora o político pertença a uma das maiores oligarquias da região, marca a percepção de que o eleitorado se afasta de políticos cujos nomes se envolveram em suspeitas, como Alcides Bernal, e de que não subscreve na totalidade a administração estadual do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que, embora bem avaliado, mal conseguiu emplacar a aliada e vice-governadora Rose Modesto (PSDB) no segundo turno. Com 100% dos votos apurados, Rose desbancou Alcides Bernal por apenas 2.610. Marquinhos Trad teve 34,57%, seguido de Rose, com 26,62%, e de Bernal, com 26,01%. O candidato Coronel David (PSC) teve 4,83% dos votos, Marcelo Bluma (PV), 2,51% e Alex do PT, 1,99%. Athayde Nery, do PPS, teve 0,93%, Aroldo Figueiró (PTN) contabilizou 0,76%, Pedro Pedrossian (PMB) teve 0,57%, Lauro Davi (Pros) conquistou 0,45% dos votos, Adalton Garcia (PRTB), 0,38%, Suél do PSTU teve 0,38% e Elizeu Amarilha (PSDC) registrou 0,05%. Arce, do PCO, terminou o primeiro turno com 0,04% dos votos.

Em Campo Grande, 3,66% dos eleitores votaram em branco e 7,49% anularam o voto. A abstenção chegou a 19,20%.

Considerado instável por adversários, Marquinhos Trad foi citado em um grampo revelado por VEJA, mas não está envolvido pessoalmente em nenhum escândalo de corrupção, situação que o destaca em meio a um cenário de terra arrasada em Campo Grande. A eleição na cidade ocorre com o PMDB em franca decadência – as principais lideranças da sigla estão sendo investigadas na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal – e com políticos e candidatos tentando se desvincular do outrora popular Delcídio do Amaral, senador cassado depois de ter atuado para travar as investigações da Operação Lava Jato.

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Delator do petrolão, Delcídio colocou os ex-presidentes Lula e Dilma no centro das suspeitas investigadas em Curitiba. De Lula o ex-senador disse que partiu a ordem para conter delatores da Lava Jato, como o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. De Dilma, o político afirmou que partiu dela a iniciativa de nomear um magistrado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a função de libertar empreiteiros presos, como o herdeiro Marcelo Odebrecht.

Mesmo com inéditos 14 candidatos disputando o Executivo municipal, os votos do eleitorado de Campo Grande se concentrou em três candidatos: Marquinhos Trad, Rose Modesto e Alcides Bernal. A candidatura de Rosana dos Santos (PSOL), a 15ª candidata, foi indeferida pela Justiça Eleitoral.

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