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Máfia da merenda: preso fecha acordo de delação premiada

Ex-presidente de cooperativa que comandava esquema de corrupção em São Paulo prestou depoimento na quinta-feira e deixou a prisão

Por Da Redação 26 jan 2016, 15h41

O ex-presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) Cássio Izique Chebabi, preso na semana passada na Operação Alba Branca, que investiga fraudes em contratos para o fornecimento de merenda em troca de pagamento de propina para agentes públicos, fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo. Chebabi presidiu a Coaf até outubro de 2015.

Por meio de seu advogado, Ralph Tórtima Filho, Chebabi manifestou interesse em um acordo de delação premiada na quarta-feira passada, um dia após ser preso, e já na quinta-feira relatou durante seis horas o suposto esquema de corrupção aos investigadores da Alba Branca. “Ele não se negou a responder nada e passou informações sobre as cidades em que houve pagamento de propina”, diz Tórtima, que não revela se seu cliente detalhou pagamentos a políticos.

Depois de depor, Chebabi teve a prisão temporária relaxada e foi liberado. O ex-presidente da Coaf mora em Bebedouro, cidade a 395 km de São Paulo, onde fica a sede da cooperativa devassada pela operação da Polícia Civil. Além de Cássio Chebabi, outros cinco integrantes da Coaf foram presos na terça-feira passada, conforme revelou a coluna Radar, de Vera Magalhães.

Ainda segundo o Radar, a Alba Branca envolve acusações contra quatro deputados e o ex-chefe de gabinetes da Casa Civil do governo de São Paulo. Interceptações telefônicas dos integrantes da Coaf e depoimentos dos presos citam, além do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o tucano Fernando Capez, os deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB) e o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD).

Também é citado o ex-chefe de gabinete da Casa Civil paulista Luiz Roberto dos Santos, o “Moita”, demitido na segunda-feira, que aparece diretamente nos grampos telefônicos conversando com membros da quadrilha e pedindo dinheiro e eletrodomésticos aos investigados.

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CPI na Alesp – A bancada do PT na Alesp pedirá a abertura de uma CPI para investigar o suposto esquema de fraudes. O líder do PT na Alesp, Geraldo Cruz, afirmou que o partido iniciou a coleta das 32 assinaturas necessárias para a abertura da CPI e protocolará o pedido de instalação da comissão na próxima semana, quando a Alesp retorna do recesso parlamentar. Uma vez registrada e com o número mínimo de assinaturas, a CPI entra numa fila na qual aguarda para ser instalada. O Regimento Interno permite que apenas cinco comissões funcionem na Casa.

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