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Lindbergh articula, no Rio, criação do Partido Solidariedade

Senador encampa projeto de Paulinho da Força, do PDT, e cria saída de emergência para sua candidatura ao governo em 2014, não garantida pelo PT

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 mar 2013, 18h38

Discretamente, como manda a prudência, o senador petista Lindbergh Farias ganhou status de forte articulador, no Rio de Janeiro, para a criação do Partido Solidariedade, projeto de Paulinho da Força, do PDT. Autoproclamado candidato ao governo do Rio em 2014, numa disputa que já o põe em linha de colisão com a aliança PT-PMDB no estado, Lindbergh opera a coleta de assinaturas para propor a fundação da nova sigla. A leitura óbvia é de que, caso perca a queda de braço com o partido, diante de uma postura do PT de apoiar o peemedebista Luiz Fernando Pezão e garantir palanques para Dilma Rousseff no ano que vem, Lindbergh não ficará na chuva.

O trabalho é feito nos bastidores, mas não a ponto de o próprio Partido dos Trabalhadores ou o PMDB ignorarem a iniciativa. Com sutileza, o pré-candidato ao governo mede forças com a executiva nacional. Dado o estado de amadurecimento do projeto de Lindbergh, que na semana retrasada iniciou sua “caravana da cidadania” em versão estadual, retroceder não parece mesmo uma opção. O obstáculo a ser vencido, no entanto, não é pequeno. Os peemedebistas não trabalham com a possiblidade de retirar o Pezão da corrida ao Palácio Guanabara, e pedem à executiva nacional do PT que o senador saia da disputa em nome de um palanque único no estado para a campanha pela reeleição de Dilma.

Tema: Eleições 2014

A campanha do PMDB também começou, com inserções na TV, no Youtube, no Facebook e, claro, em todo e qualquer espaço que Pezão possa ocupar – entre eles, no momento, a campanha contra a mudança na distribuição dos royalties do petróleo, liderada em Brasília pelo vice-governador.

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Apesar de o PT do Rio ter afirmado em diversas oportunidades que teria candidato próprio ao governo, ainda não foi batido o martelo sobre o lançamento de Lindbergh. O PT fluminense tenta mostrar poder de fogo, com o propósito de deixar de ser satélite do PMDB no estado. Contra o ‘grito de independência’ pesa o fato de, na última década, o PT do Rio não ter se renovado nem criado alternativas que o ponham em condição de exercer protagonismo – fora, claro, o próprio Lindbergh.

Acabou o amor: disputa pelo governo do Rio em 2014 põe PT e PMDB em lados opostos

PT e PMDB fluminense têm faturas a cobrar. Pelo lado dos peemedebistas, há uma lista de serviços prestados ao longo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Pelo PT, há um histórico de passagens para o acostamento: em 2010, o senador foi convencido por Lula a não se lançar ao governo para que os dois partidos permanecessem unidos. E, assim, Lindbergh tentou – e conseguiu – o cargo de senador na chapa que tinha Cabral como o candidato à reeleição ao governo.

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A empreitada em favor de Paulinho da Força é a segunda ‘saída de emergência’ à disposição de Lindbergh. A primeira delas, para o caso de o PT não comprar seu projeto, está na possibilidade de tentar a sorte no PSB, montando um palanque importante para Eduardo Campos no Sudeste. A contrapartida pela aproximação com o PSB e com o Solidariedade também está desenhada: no caso de conseguir manter a candidatura pelo PT, são fortes as chances de levar os dois partidos na coligação para enfrentar a máquina de Cabral e Pezão.

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