O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, negou novo pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro, Cerveró tentava anular as decisões do juiz Sérgio Moro e afirmava que não deveria estar preso porque seria inocente das acusações de movimentar contas no exterior e de ocultar bens. O habeas corpus apresentado pela defesa de Cerveró classificava Moro como “justiceiro” e afirmava que o titular da 13ª Vara Federal “não deveria macular sua biografia acadêmica deixando-se seduzir pelos momentos de fama que a Operação Lava Jato lhe proporciona”. Um dia depois de negar a liberdade ao ex-diretor da Petrobras, o desembargador Gebran Neto rejeitou outra ação em benefício de Cerveró, desta vez proposta pelo “não advogado” Maurício Ramos Thomaz. Ele alegava que a sentença de condenação de Cerveró por lavagem de capitais deveria ser anulada e questionava os critérios de Moro para definir a pena de cinco anos de reclusão para o ex-dirigente. Ramos Thomaz é recorrente em pedir habeas corpus em casos de repercussão midiática. No auge do escândalo do mensalão, ele atacou o então ministro do Supremo Joaquim Barbosa ao apresentar pedidos em favor de Simone Vasconcelos, ex-funcionária do operador Marcos Valério, da banqueira Kátia Rabello e do ex-dirigente do Banco Rural Vinicius Samarane. Na época, ele alegou em carta aberta ao Supremo que o processo do mensalão era “o pretexto para um golpe de Estado”. (Laryssa Borges, de Brasília)
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