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Justiça mantém Funaro na carceragem da PF por mais dez dias

O doleiro, que operava propinas para o PMDB, negocia um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF)

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2017, 16h08 - Publicado em 19 jul 2017, 12h38

O juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, atendeu a uma requisição do Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) e autorizou que o doleiro Lúcio Bolonha Funaro siga preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, por mais dez dias. Funaro, que negocia acordo de colaboração premiada com o MPF, ficará na carceragem da PF até o dia 28 deste mês.

Operador de propinas do PMDB, Funaro deixou o Complexo Penitenciário da Papuda no dia 7 de julho. A defesa havia requisitado sua permanência na carceragem da PF por mais 30 dias, mas o juiz deferiu o pedido do MPF sob a justificativa de que é necessário “colher novos esclarecimentos a respeito de fatos decorrentes das operações conduzidas” nas operações “Sepsis” e “Cui Bono?”. Funaro foi preso há um ano na Sepsis, um desdobramento da Lava Jato.

A delação de Funaro, caso se concretize, é tida por aliados do presidente Michel Temer (PMDB) como um dos fatores que agravariam a crise e poderia levar à queda do peemedebista. Em conversas com advogados, o doleiro demonstrou irritação com o fato de sua irmã ter sido presa em maio (ela foi solta no mês passado). Conforme VEJA noticiou, ele também revelou que sua mulher vinha sendo pressionada por mensagens pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, amigo fraterno de Temer, que queria saber se Funaro fecharia uma delação premiada. Geddel está cumprindo prisão domiciliar em Salvador.

Funaro prometeu nas tratativas para a delação contar sobre fraudes que desfalcaram o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FI-FGTS, administrado pela Caixa Econômica Federal. O doleiro diz que Temer teria solicitado cerca de 20 milhões de reais como comissão de operações do FI-FGTS para bancar campanhas em 2012 e 2014.

Ele também deve falar sobre os termos da delação da JBS. Em seus depoimentos, o empresário Joesley Batista afirmou que pagou propina para que o Funaro e o ex-deputado Eduardo Cunha, para quem o doleiro operou, se mantivessem calados na prisão, supostamente com aval de Temer – o que o presidente nega.

Chamado a falar sobre Temer no inquérito contra o presidente, Funaro declarou que o presidente tinha pleno conhecimento de como funcionavam os esquemas de corrupção que abasteciam o cofre do PMDB e que chegou a se encontrar pessoalmente com ele.

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