Aprovado por apenas 17% dos paulistanos, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), participou pela primeira vez nesta terça-feira de um ato de campanha do candidato do partido ao governo do Estado, Alexandre Padilha. Na reunião com militantes e presidentes de diretórios do PT na capital paulista, Haddad discursou, entre outros assuntos, sobre a necessidade da construção de moradia popular e de mais hospitais na cidade, promessas de sua campanha em 2012 ainda não cumpridas. O prefeito foi embora antes da hora por causa de um compromisso familiar, o aniversário de sua filha.
Haddad vem sendo cobrado por Lula para defender bandeiras da gestão petista. O ato também serviu para dirigentes do PT e aliados atacarem, pelo menos em discurso a militantes, o candidato do PMDB, Paulo Skaf – atitude contrária à orientação da campanha da presidente Dilma Rousseff, que pediu que Skaf fosse poupado. O presidente da Câmara Municipal, vereador José Américo (PT), disse que Skaf “representa a elite, não consegue fugir do seu preconceito de classe e está mais à direita do que o governador Geraldo Alckmin (PSDB)”.
“Apesar de ser de um partido que é nosso aliado nacionalmente e na cidade, Skaf está se posicionando com o que tem de mais conservador nesse partido. Na hora em que ficar claro que ele é o chefe dos patrões, do empresariado, ele vai ter dificuldade em manter a posição que ele tem hoje. Entre a filial e a matriz, as pessoas tendem a ficar com a matriz que é o Alckmin.”
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(Felipe Frazão, de São Paulo)