Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo do RS tenta antecipar votação de pacote anticrise

Servidores protestaram do lado de fora da Assembleia. Estima-se que, se as medidas forem aprovadas, entre 1,1 mil e 1,2 mil funcionários serão demitidos

Por Da redação
Atualizado em 14 dez 2016, 09h24 - Publicado em 14 dez 2016, 09h23

A tentativa do governo do Rio Grande do Sul de acelerar a votação do pacote anticrise na Assembleia Legislativa provocou protestos de servidores nesta terça-feira em Porto Alegre. A previsão é de que as medidas de ajuste fiscal propostas no último dia 21 pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) sejam votadas na semana que vem, antes do recesso de Natal, mas integrantes da base governista tentam fazer um acordo com os líderes que permita antecipar a apreciação já para a sessão da próxima quinta.

Apesar da articulação, não houve acordo nesta terça. A presidente da Assembleia Legislativa, Silvana Covatti (PP), consultou os líderes de bancadas e informou que os projetos do pacote não serão votados esta semana. O líder do governo na Assembleia, deputado Gabriel de Souza (PMDB), deixou a questão em aberto.

“Por ora achamos que não está sepultado nem viabilizado acordo para votar nesta quinta”, disse, acrescentando que o governo está confiante na possibilidade de passar as medidas. “Os deputados estão entendendo a necessidade de mudanças para começar um novo momento no Estado.”

O pacote apresentado por Sartori propõe, por exemplo, a extinção de nove fundações estaduais e a diminuição do número de secretarias de vinte para dezesseis. A estimativa é que, se as medidas forem aprovadas, entre 1,1 mil e 1,2 mil servidores serão demitidos. Também estão previstas mudanças no calendário de pagamento de salários dos servidores e o aumento da alíquota previdenciária. Além disso, Sartori propõe revisar benefícios fiscais e mudar a forma de cálculo do duodécimo pago aos outros poderes.

Continua após a publicidade

Leia também:

Pelas contas do governo, o pacote deve gerar uma economia aos cofres do Estado de 6,7 bilhões de reais nos próximos quatro anos. O plano sofre forte resistência do funcionalismo público estadual. Nesta terça, diante da articulação do governo para acelerar a votação, servidores fizeram protestos ao longo do dia em diferentes pontos da cidade, que culminaram em uma concentração na Praça da Matriz, onde ficam o Palácio Piratini e a Assembleia Legislativa, na capital gaúcha.

Continua após a publicidade

Durante o ato, um boneco representando Sartori foi queimado pelos manifestantes. Algumas grades de segurança que cercam o prédio do governo foram derrubadas, provocando momentos de tensão. A Brigada Militar lançou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. O acesso à Assembleia Legislativa também permaneceu fechado, com entrada exclusiva para deputados.

Ainda nesta terça, os professores estaduais iniciaram uma greve. O objetivo é pressionar os deputados para que votem contra as medidas propostas pelo governo gaúcho. Outras categorias avaliam a possibilidade aderir à paralisação. Os servidores também prometem aumentar a intensidade dos protestos nas ruas até o dia da votação.

Em contrapartida, um grupo de federações empresariais lançou um manifesto em apoio ao pacote de ajuste estadual. Segundo as entidades, a situação financeira do Estado se tornou “insuportável”, o que torna as reformas “inevitáveis” e “urgentes”, mesmo que afetem, de alguma forma, o setor produtivo.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.