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Governador do PT exonera secretários para ajudar Temer na Câmara

Rui Costa quer evitar que o prefeito de Salvador, ACM Neto, seu provável adversário na eleição de 2018, seja fortalecido caso Maia assuma o Planalto

Por Da redação
Atualizado em 2 ago 2017, 14h40 - Publicado em 1 ago 2017, 17h25
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  • O governador da Bahia, Rui Costa (PT), exonerou nesta terça-feira dois secretários estaduais para que retomem os mandatos de deputado federal e ajudem a barrar a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB) na votação desta quarta-feira, no plenário da Câmara dos Deputados.

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    Costa destituiu os secretários de Desenvolvimento Urbano, Fernando Torres (PSD), e de Relações Institucionais, Josias Gomes da Silva (PT). Torres e Silva devem se abster na votação do parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). Esse posicionamento é favorável a Temer, uma vez que o governo diz já ter os votos necessários para barrar a denúncia e agora articula para garantir o quórum de 342 deputados para que a votação aconteça. O Palácio do Planalto tem incentivado, inclusive, o comparecimento de deputados de partidos da base aliada favoráveis à denúncia.

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    Aliados do governador da Bahia afirmam que o afastamento de Michel Temer do cargo, caso a denúncia seja aceita, não interessa a Costa. Se Temer for afastado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumirá o comando do país, fortalecendo o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto (DEM), que deve disputar o governo da Bahia em 2018 contra o petista.

    “Vou abster-me na votação. Não sou a favor nem de Michel Temer nem de Rodrigo Maia. Sou a favor de eleições diretas para presidente”, justificou Fernando Torres. Ele disse não ter nada contra o presidente da Câmara dos Deputados. “Acho até um bom presidente da Câmara, mas não tem condições de ser presidente da República agora”, declarou.

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    Já Josias Gomes da Silva diz que ainda não decidiu sobre como votará, mas que também tende a se abster. “O debate que tem de ser feito é que precisamos de eleições diretas, não eleições indiretas”, disse. De acordo com Silva, não há como apostar no afastamento ou não de Temer como solução para o Brasil. “É tirar um golpista para colocar outro”, completa.

    O secretário de Relações Institucionais admitiu que o fator ACM Neto também é levado em consideração. “Claro que esse aspecto também é ponderado. Se o Rodrigo Maia assume, ele [prefeito de Salvador] vai se fortalecer”, explica. Silva ressaltou que essa não é uma tese só dele. “É minha, do governador e da maioria dos partidos que apoiam ele no Estado”, pondera.

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    Um dos deputados mais próximos de Rui Costa, Afonso Florence (PT-BA) defendeu a tese do governador. “Ele tem total razão em sua análise. Vai ser muito ruim para Bahia o ACM [Neto] ter uma força maior. A situação não é simples, é complexa”, afirmou Florence, que, embora concorde com Costa, afirmou que votará a favor da denúncia.

    (com Estadão Conteúdo)

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