Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Gleisi: uma escolha errada

Chegada de senadora ao comando da Casa Civil no lugar de Antonio Palocci pode ser prenúncio de dificuldades, sobretudo com o PMDB

Por André Vargas, Luciana Marques
7 jun 2011, 20h49

Se a nomeação da senadora petista Gleisi Hoffmann para o lugar de Antônio Palocci é uma tentativa de acalmar os ânimos, poucas escolhas poderiam ser mais duvidosas. Novata no Senado, sem trânsito em Brasília e com fama de arrogante, sua chegada à pasta da articulação pode ser prenúncio de dificuldades, sobretudo com o PMDB, maior partido da base aliada. Escolha inesperada – seu marido, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, era até a manhã desta terça-feira uma aposta muito mais plausível – , ela parece ser uma tentativa de Dilma Rousseff de mostrar que recobrou o controle do próprio governo, com uma decisão de cunho estritamente pessoal. Mas Gleisi, na verdade, é um nome do PT, para o PT.

Leia no Radar: Palocci no chão

Leia no Maquiavel: PMDB se reúne para avaliar escolha

Continua após a publicidade

Com Gleisi, o número de mulheres na chefia de ministérios de Dilma subirá para dez. A nova integrante do primeiro escalão se apresenta como política de perfil técnico. Em sua primeira fala pública, disse que a principal tarefa que a presidente lhe atribuiu foi de gestão. As duas se aproximaram no primeiro mandato de Lula, quando Gleisi ocupou a diretoria financeira de Itaipu Binacional. Antes disso, a nova ministra teve um cargo na equipe de transição do governo Lula. Foi secretária de gestão pública da prefeitura de Londrina, em 2001, e diretora financeira da governadoria do Mato Grosso do Sul na gestão Zeca do PT, no final dos anos 90.

Mensalão – Na semana passada, enquanto as dificuldades de Antonio Palocci se avolumavam, Gleisi se viu por um momento no centro do tiroteio. Segundo relato do jornal Folha de S. Paulo, em um almoço com o ex-presidente Lula teria questionado o desgaste do governo para proteger o então ministro da Casa Civil . Segundo a mesma reportagem, Gleisi teria afirmado que o mensalão levou petistas a cometer erros graves em nome de um projeto coletivo – ao passo que o projeto de Palocci era somente pessoal. A conversa veio a público e gerou mal-estar.

Quando suas declarações vazaram, Gleise tratou rapidamente de negar que desejava a queda de Palocci. Em sua primeira entrevista coletiva, na tarde de terça-feira, a nova ministra da Casa Civil também fez questão de lamentar o destino do antecessor. Sem nunca deixar de sorrir.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.