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Fortalecido, Alckmin vira opção para presidir PSDB

O entorno de Alckmin avalia que a presidência do partido é o melhor caminho para um pré-candidato à Presidência viajar o Brasil antes da campanha

Por Estadão Conteúdo
2 nov 2017, 08h03

Em meio à guerra fratricida no PSDB pelo comando do partido, as correntes internas convergem na defesa do governador Geraldo Alckmin como candidato à Presidência da República em 2018. O nome do chefe do Executivo paulista também passou a ser cotado como alternativa para chefiar a sigla no próximo ano, o que evitaria um racha na convenção tucana marcada para o dia 9 de dezembro.

Alckmin foi sondado recentemente por deputados sobre a possibilidade de presidir a sigla, mas desconversou. Embora não descarte a ideia, ele quer preservar a boa relação que mantém com os dois nomes que pleiteiam o cargo: o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o senador Tasso Jereissati (CE), presidente interino do partido.

Ambos apoiam a pré-candidatura presidencial de Alckmin, bem como a maioria da bancada do PSDB na Câmara. Aliados de Perillo dizem que ele aceitaria abrir mão da disputa caso houvesse uma convergência em torno da tese de eleger o governador paulista para liderar o PSDB. Já Tasso ainda não oficializou sua intenção de tentar a reeleição, o que deve acontecer na semana que vem.

A avaliação no entorno de Alckmin é a mesma de setores antagônicos do PSDB: a presidência nacional do partido é o melhor caminho institucional para um pré-candidato ao Palácio do Planalto viajar o Brasil antes do início de fato da campanha, em meados do ano que vem.

“Aécio foi eleito presidente do PSDB antes de disputar à Presidência, assim como (o ex-governador) Eduardo Campos, que era presidente do PSB. O Geraldo Alckmin teria uma boa condição para promover a convergência no partido”, disse o ex-senador José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, braço teórico do PSDB.

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Disputa

O deputado Ricardo Tripoli (SP), líder do PSDB na Câmara, avalia que o nome de Alckmin é atualmente consensual no partido para disputar à Presidência. “A candidatura do Geraldo em 2018 é consenso no partido. O prefeito João Doria é um bom nome, mas precisa de mais tempo”, afirmou.

Sobre a disputa interna, ele defende, porém, o nome de Tasso. “Ele tem o apoio da maioria da bancada federal e dos senadores, além da simpatia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”, disse Tripoli, destacando que Perillo é governador e deve disputar o Senado, enquanto Tasso estará livre em 2018.

Tasso recebeu Perillo nesta quarta em Brasília e ouviu dele a confirmação oficial de sua pré-candidatura a presidente do PSDB.

No encontro, o governador de Goiás indicou apoio ao movimento pró-desembarque do governo Michel Temer. “O PSDB deu a sua contribuição, ajudou no impeachment (da presidente cassada Dilma Rousseff), mas agora chega a hora em que vamos focar na eleição”, afirmou.

Segundo Perillo, “seria natural” o desembarque no final deste ano, quando considera que os ministros tucanos devem deixar o governo para focar na eleição de 2018.

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O PSDB tem quatro ministros no governo do presidente Michel Temer: Bruno Araújo (Cidades), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos). Destes, os três primeiros são parlamentares licenciados e devem disputar a reeleição no próximo ano. Oficialmente, o prazo de desincompatibilização vai até abril de 2018.

Visto como integrante do grupo mais governista do partido, Perillo disse que sempre transitou em todas as alas da sigla. “Não me interessa ser integrante da ala A, B ou C, e sim da unidade”, declarou. Segundo ele, o partido vai fazer “um desembarque educado e normal”.

Candidatura única

Tasso não descartou a sua candidatura, pois disse que tem uma “identificação forte” com uma corrente que existe dentro da legenda e que está sendo pressionado a disputar. Ele ponderou, no entanto, que poderia aceitar um acordo por uma candidatura única. “Mais importante do que uma conversa sobre o nome de um ou de outro são as ideias. Se as ideias forem as mesmas, nada impede que o nome do candidato seja um só.”

O senador cearense garantiu que ficará no cargo interinamente até a Convenção Nacional do PSDB, em dezembro, quando deve ocorrer a eleição. Já Aécio Neves continua como presidente licenciado até lá.

A visita do governador de Goiás ao Congresso ocorreu um dia após deputados tucanos discutirem com o Tasso, que classificou o episódio como “uma reação delirante de Minas e Goiás”.

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Durante o encontro de ontem com Jereissati, Perillo tentou desfazer o mal-entendido e creditou o ocorrido ao temperamento do deputado Giuseppe Vecci (GO), um dos principais envolvidos. Em conversas reservadas, Perillo disse que o deputado Vecci tem “sangue de italiano” e costuma se envolver em discussões.

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