Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Foragido, último condenado do escândalo do TRT-SP é preso pela PF

José Eduardo Corrêa Teixeira Ferraz, ex-dono de construtora envolvida no esquema que desviou R$ 169 milhões de obra em 1998 foi preso pela PF no Morumbi

Por Da Redação
20 set 2017, 19h22

A Polícia Federal prendeu nesta manhã o empresário José Eduardo Corrêa Teixeira Ferraz, o último condenado no processo que apurou o desvio de recursos públicos na construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, que ainda não estava preso – ele era considerado foragido e estava na lista de procurados da Interpol , a polícia internacional.

O escândalo veio à tona em 1998, quando procuradores federais descobriram que o esquema de superfaturamento já havia desviado 169 milhões de reais em valores da época  – atualizada, a quantia se aproxima de 1 bilhão de reais hoje. À época, segundo o Ministério Público Federal,  a obra já tinha consumido todo o orçamento previsto, embora apenas 64% dela tivesse sido executada.

Ferraz e Fábio Monteiro de Barros Filho eram sócios da construtora Incal, responsável pela obra, e ambos foram condenados à prisão – o primeiro a 22 anos e o segundo, a 32 anos, ambos em regime fechado. A investigação apontou ligação da construtora com a empreiteira OK, do ex-senador Luiz Estevão, que foi condenado a mais de 30 anos de reclusão e está preso até hoje.

O personagem principal do escândalo, no entanto, foi o juiz Nicolau dos Santos Neto, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), responsável pela contratação da obra, que ficou conhecido como Lalau. Ele cumpriu 12 anos de pena, mas recebeu indulto presidencial em 2014 por causa da idade avançada – à época, tinha 86 anos.

Segundo a PF, o mandado de prisão de Teixeira Ferraz tem caráter definitivo, não havendo mais possibilidade de recursos. A corporação diz que foi informada pelo Ministério Público Federal que o mandado ainda se encontrava em aberto e iniciou diligências para descobrir o paradeiro do empresário, mas disse ter encontrado dificuldades porque não havia qualquer registro de atividades realizadas por ele ou bens em seu nome – mesmo assim, localizou a sua suposta residência e passou a monitorá-lo.

Na manhã desta quarta-feira, os policiais federais viram um homem deixar a casa em um veículo chamado por aplicativo. Duas viaturas saíram em perseguição e abordaram o veículo suspeito na Marginal Pinheiros, na altura do Jockey Clube, no Morumbi, zona oeste de São Paulo. Confirmada a identidade do empresário, ele foi levado à Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde permanece à disposição da Justiça Federal – ele deve ser levado a algum presídio estadual de São Paulo.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.