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Ex-governador do Tocantins, Sandoval Cardoso se entrega à PF

Ele é alvo de operação que apura fraudes em licitações públicas

Por Da redação
Atualizado em 13 out 2016, 21h11 - Publicado em 13 out 2016, 21h00

O ex-governador do Tocantins Sandoval Cardoso (SD) se entregou na tarde desta quinta-feira, 13, na sede da Polícia Federal em Palmas. Ele é alvo de um mandado de prisão temporária na Operação Ápia, deflagrada nesta manhã e que investiga um esquema de fraudes em licitações públicas e execução de contratos administrativos para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em diversas rodovias estaduais no Tocantins.

Além dele, foi alvo de condução coercitiva – quando o investigado é levado para depor – outro ex-governador do Estado, Siqueira Campos (ex-PSDB e atualmente sem partido).

Participaram da operação cerca de 350 policiais federais. Ao todo foram expedidos pela Justiça Federal 113 mandados judiciais sendo, 19 mandados de prisão temporária, 48 de condução coercitiva e 46 de busca e apreensão nas cidades de Araguaína, Gurupi, Goiatins, Formoso do Araguaia, Riachinho e Palmas, no Tocantins. Em Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. No Maranhão, em São Luís, Governador Nunes Freire e Caxias. Também foram cumpridos mandados em Belo Horizonte/MG, São Paulo/SP, Brasília/DF e Cocalinho/MT.

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A investigação apontou um esquema de direcionamento de concorrências envolvendo órgãos públicos de infraestrutura e agentes públicos do Estado, nos anos de 2013/2014. Essas obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo Estado, por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos no valor total de cerca de R$ 1,2 bilhão. Os recursos adquiridos tiveram a União como garantidora da dívida.

O foco da investigação são as obras nas rodovias licitadas e fiscalizadas pela secretaria de infraestrutura, que correspondem a 70% do valor total dos empréstimos contraídos.

Os investigadores apontam que, em um dos contratos, uma empreiteira pediu complemento para realização da obra de mais de 1.500 caminhões carregados de brita. Se enfileirados, esses veículos cobririam uma distância de 27 quilômetros, ultrapassando a extensão da própria rodovia.

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“Em outra situação, a perícia demonstrou que para a realização de determinadas obras, nos termos do contrato celebrado, seria necessário o emprego de mão de obra 24 horas por dia, ininterruptamente, o que, além de mais oneroso, seria inviável do ponto de vista prático”, aponta a PF em nota divulgada nesta quinta. Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos gire em torno de 25% dos valores das obras contratadas, o que representa aproximadamente 200 milhões de reais.

Os investigados responderão pelos crimes de formação de cartel, desvio de finalidade dos empréstimos bancários adquiridos, além de peculato, fraudes à licitação, fraude na execução de contrato administrativo e associação criminosa. Somadas as penas podem ultrapassar 30 anos. O nome da operação se refere à Via Ápia, uma das principais estradas da antiga Roma.

(Com Estadão Conteúdo)

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