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Ex-assessor de Cabral tentou fugir com maleta cheia de dinheiro

Pouco antes de a Polícia Federal bater à sua porta, Wagner Garcia desceu pelo elevador do edifício onde mora com 22.000 reais. Juiz fala em fuga ao exterior

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 nov 2016, 19h45 - Publicado em 23 nov 2016, 19h33

Preso na Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato deflagrado na semana passada, Wagner Jordão Garcia, um dos ex-assessores do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, tentou fugir pouco antes de a Polícia Federal bater à porta de sua casa, no Leblon, Zona Sul do Rio. O Ministério Público Federal suspeita que houve vazamento da operação.

O procurador que acompanhou o cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão contra Garcia informou ao juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Lava Jato no Estado, que às 5h55 da quinta-feira passada, quando a operação foi deflagrada, o ex-assessor de Cabral desceu pelo elevador do edifício onde mora com 22.000 reais em dinheiro vivo, alocados dentro de uma maleta.

Para Bretas, a intenção de Garcia era fugir do país. A conclusão do magistrado se baseia em interceptações telefônicas que mostram uma conversa entre Wagner Jordão Garcia e um homem chamado Rogério.

No diálogo gravado pelos investigadores, o interlocutor diz a Garcia que “perderam o azimute. Mas meu amigo, olha aqui, canja de galinha e Parrilla uruguaia, não mata niguém não”. Como resposta, o ex-assessor de Cabral diz que “não mata não, e vai ter gente para o aeroporto correndo, hein” e “eu vou comer essa Parilla contigo, hein”.

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“As interceptações telefônicas autorizadas por este juízo comprovam que esse investigado manifestou intenção de fuga do país três dias antes de deflagrada a operação (14.11.2016) e mais, que o investigado Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, chamado ‘homem da mala de Sérgio Cabral’ também pretendia fugir do país”, afirma Marcelo Bretas.

O magistrado ainda diz considerar “graves os fatos relatados do órgão ministerial, bem como o teor dos diálogos interceptados, uma vez que o investigado integraria o núcleo administrativo do esquema de corrupção, sendo suspeito de ser um dos responsáveis por solicitar/receber propinas das empreiteiras Andrade Gutierrez e a Carioca Engenharia de por em prática esquemas de lavagem do dinheiro amealhado com a prática de delitos”.

Os investigadores pediram a Marcelo Bretas que acrescentasse “efetivo risco de tentativa de fuga do investigado para o exterior” entre os elementos que fundamentaram a prisão preventiva de Garcia. O magistrado deferiu o pedido.

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