Em Vitória, embate entre o novo e o conhecido
Amaro Neto (SD) e Luciano Rezende (PPS) entram no segundo turno de olho nos 50 000 eleitores que não votaram em ninguém
A disputa pelo segundo turno em Vitória é, nitidamente, um embate entre o novo e o conhecido. O prefeito Luciano Rezende (PPS), que teve 43,8% dos votos, tenta a reeleição e sai com uma importante vantagem: na sexta-feira, recebeu o apoio do candidato do PMDB, Lelo Coimbra, que ficou em terceiro lugar. Seu adversário será o deputado federal e apresentador de TV Amaro Neto (SD), que entrou na política em 2014, nunca disputou cargo majoritário e saiu das urnas no dia 2 com 35,3% dos votos. Ambos estão na briga pelos votos dos outros dois derrotados, o petista Perly Cipriano e André Moreira, do PSOL, que anunciaram a intenção de se manter neutros.
Mais do que apoios políticos, o maior desafio tanto de Amaro Neto quanto de Rezende será mudar as intenções dos eleitores que votaram nulo e branco ou simplesmente não compareceram às urnas — um contingente de quase 50 000 pessoas, ou cerca de 20% do eleitorado total. Para alcançar seu objetivo, os dois farão movimentos contrários: o atual prefeito, mais popular na camada mais abastada, intensificará a campanha nos bairros pobres, enquanto o deputado — que teve boa votação entre a população mais carente, beneficiado pelos 21 pontos de audiência de seu programa Balanco Geral, na Record — seguirá na direção contrária.
Na Câmara Municipal, a atual administração saiu vitoriosa. A base do governo aumentou de sete para oito parlamentares e, levanto em conta os que integram a coligação do agora aliado Lelo Coimbra, esse número sobre para doze, de um total de quinze vereadores eleitos no domingo.