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Em vídeo, FHC critica ‘nós contra eles’ e pede ‘mais tolerância’

Ex-presidente cita conflito entre Bolsonaro e Jean Wyllys, avalia ser preciso 'serenar os ânimos' e pede atenção para 'o que nos interessa como pais'

Por Da Redação
11 abr 2017, 10h24

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) publicou, nesta terça-feira, vídeo em suas redes sociais manifestando sua preocupação com o discurso de polarização “entre os ‘nós’ e os ‘eles'”. Ele defendeu que os brasileiros concentrem sua atenção em outras questões, que considera prioritárias. “Precisamos serenar os ânimos e ver o que nos interessa, como país, como povo? Sem emprego, saúde precária, falta de escola? Isso conta mais que os ódios e as vinganças”, disse FHC.

O ex-presidente pediu uma nova “base moral” para o Brasil, afirmando que o país precisa é de “de mais tolerância, mais aceitação do outro e ver o que que dá para fazer em conjunto pelo país”. O tucano mencionou o conflito recente envolvendo os deputados federais Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ), concluído com uma advertência ao segundo por ter cuspido no primeiro, durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em abril do ano passado.

Em fevereiro, ele publicou um texto em que disse ser contrário a um pedido de cassação de Jean, alertando para “quaisquer restrições a direitos à liberdade e às decisões populares”. Indiretamente, também mencionou Bolsonaro, que em discurso na Câmara em 1999 sugeriu que FHC, então presidente da República, deveria ser fuzilado. “Jamais incentivei qualquer tentativa de restringir sua ação ou cassar seu mandato, nem mesmo tomei qualquer providência jurídica eventualmente cabível”, alegou.

Fernando Henrique afirmou também que o Brasil está cansado de “corrupção, caixa 2, caixa 1 manipulado”, propondo mudar também o sistema partidário.

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Em outro vídeo, no fim de março, ele já havia criticado a realização de uma reforma política ampla e defendia que o Congresso se limitasse a proibir as coligações proporcionais entre partidos e a estabelecesse uma cláusula de barreira, de forma a diminuir a fragmentação partidária. “Quando dois partidos se coligam, você não sabe em quem está votando. Você vota em um e elege outro”, afirmou o ex-presidente. Na ocasião, FHC também criticou a proposta, que ainda não havia sido apresentada, de substituição do sistema atual pelo voto em lista fechada, em que os eleitores passam a optar por partidos, não mais por candidatos para o Legislativo.

Agora já apresentada pelo relator da reforma política, Vicente Cândido (PT-SP), a regra que criaria esse sistema não deveria ser aprovada na visão de FHC, que questionou: “E o povo vai votar em partidos? Quais? O povo nem sabe o nome dos partidos”, disse, em março.

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