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Em São Paulo, todos contra Doria

João Doria (PSDB) está garantido. A dúvida é se Marta (PMDB) e Russomanno (PRB) darão espaço para que Haddad (PT) dispute o 2º turno

Por Pieter Zalis Atualizado em 2 out 2016, 16h20 - Publicado em 2 out 2016, 07h34

Capital com maior eleitorado do país – 8,9 milhões de pessoas – São Paulo chega neste domingo ao dia da eleição com um cenário ainda incerto: a disparada do tucano João Doria nas pesquisas de intenção de voto indica que ele estará com folga no segundo turno, mas seu adversário em 30 de outubro não está definido. Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e Fernando Haddad (PT) estão embolados na briga pela segunda vaga na disputa.

Diante do quadro, os três tentaram neste domingo demonstrar otimismo ao votar. Russomanno chegou a dizer que ‘não existe hipótese’ de ele não ir para o segundo turno. “Temos pesquisas internas, sabemos como estamos e estamos bem”, comentou o candidato do PRB.

Já Marta foi menos enfática e disse que espera levar vantagem  diante do cenário indefinido. “Sou alguém que conhece palmo a palmo essa cidade. Tenho capacidade de fazer e de realizar. E sei governar para os que mais precisam. O atual prefeito trabalha com 50 bilhões de reais, eu trabalhei com 13 bilhões de reais e fiz muito mais”, disse.

Haddad aproveitou para dar uma ideia do discurso que adotará na hipótese de seguir na disputa: “Ontem foi uma campanha muito bonita no Capão, em Itaquera e com os jovens na Augusta. Percebemos uma grande animação nessa reta final. E no segundo turno vamos discutir dois projetos: um privatista, do Doria, e outro de uma cidade para as pessoas”. Se Haddad não mantiver a tendência de crescimento das últimas pesquisas, São Paulo terá pela primeira vez desde 1992 uma disputa de segundo turno sem um candidato do PT.

Independente de quem garantir a vaga, todos terão que lidar com o favoritismo de João Doria, que cresceu 25 pontos porcentuais em um mês. A última pesquisa do instituto Datafolha indica ainda que o tucano também lidera no segundo turno independentemente do adversário. “Queria aproveitar para fazer um agradecimento muito especial ao governador Geraldo Alckmin, que foi o fiador das prévias do PSDB, que representaram um valor democrático desta eleição, permitindo que um não político pudesse disputar as prévias em dois turnos e disputar as eleições, saindo de 3% e chegando ao porcentual que nós temos hoje”, disse o candidato ao votar, acompanhado do governador.

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Confirmado o favoritismo de Doria, sua vitória consolidará uma nova tendência na política paulistana. Nas últimas três eleições, candidatos que iniciaram a eleição com menos de 10% nas intenções de voto conseguiram,  apoiados por nomes mais conhecidos, passar ao segundo turno  e vencer a eleição.

Em 2008, o vice-prefeito Gilberto Kassab, apoiado pelo então prefeito José Serra, começou a eleição com 8% das intenções de voto e venceu Marta Suplicy no segundo turno. Em 2012, após iniciar a corrida eleitoral com 7%, Fernando Haddad, apoiado por Lula, derrotou o tucano José Serra.

Em 2016, Doria, apoiado pelo governador Geraldo Alckmin, poderá dar o troco tucano em Haddad. O benefício será duplo. Além de garantir a liderança política da maior capital brasileira para o PSDB, Doria ainda alavancará a campanha de seu padrinho político na corrida presidencial de 2018.

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