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Em Manaus, todos querem Michel Temer

Coalização de presidente interino abriga, na esfera nacional, cinco partidos na disputa pela prefeitura. Temer promete manter distância das eleições

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 ago 2016, 19h36 - Publicado em 26 ago 2016, 19h36

O presidente interino Michel Temer tem se esforçado para manter distância das eleições municipais, mas não consegue escapar de ser usado como uma espécie de vitrine das campanhas. Exemplo disso está na corrida pela prefeitura de Manaus. Com nove partidos na disputa, dos quais cinco compõem a base do peemedebista na esfera nacional, a eleição já provocou uma romaria ao Palácio do Planalto por parte dos principais candidatos e seus articuladores. Todos em busca de vender aos eleitores um bom trânsito com o governo federal, que ajuda a irrigar os cofres do município.

A proximidade com Temer, por exemplo, é um dos argumentos que sustentam a inesperada aliança entre o PMDB e o PSDB na capital do Amazonas. Históricos adversários, o prefeito tucano Artur Virgílio Neto e o senador peemedebista Eduardo Braga se uniram em uma chapa alardeada como um pacto nacional para enfrentar a crise. Até então candidato, o deputado Marcos Rotta, um forte nome do PMDB para a disputa, retirou a candidatura para ser o vice do atual prefeito.

Na propaganda eleitoral veiculada a partir desta sexta-feira, Rotta vai ressaltar o fato de ser do mesmo partido do presidente interino como uma forma de facilitar a chegada de mais recursos ao município. Ele também tenta convencer que a parceria abrirá caminho para que políticas públicas, entre elas os esperados projetos de mobilidade, saiam do papel. Temer esteve em Manaus em fevereiro deste ano em ato de lançamento de um programa do PMDB. Na ocasião, o então vice-presidente da República deu o pontapé para a campanha do partido na capital.

Leia também: Quem são os candidatos à prefeitura de Manaus

Com uma ampla base de sustentação, porém, Temer não pode demonstrar preferências eleitorais – evita, principalmente, que a disputa provoque rachas na véspera da definição do impeachment de Dilma Rousseff e deixe sequelas em votações de matérias cruciais no Congresso. Na semana passada, ele foi obrigado a desmentir qualquer tipo de intervenção em Manaus.

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O peemedebista recebeu no Planalto os deputados federais Pauderney Avelino (DEM-), Alfredo Nascimento (PR) e o senador Omar Aziz. O trio questionou a aliança entre o PMDB e o PSDB e a influência do Planalto nesse acordo.

“Temer foi taxativo e me autorizou a desmentir. Essa não é uma aliança nacional”, disse o ex-governador Omar Aziz, que trabalha pela eleição do candidato Marcelo Ramos (PR). Ramos, de acordo com pesquisa Ibope, está no segundo lugar da disputa, atrás apenas do atual prefeito.

Não foi a primeira vez que a eleição manauara bateu à porta de Temer. Na véspera do anúncio da união entre o PMDB e o PSDB, o presidente interino recebeu o senador Eduardo Braga em seu gabinete. O presidente interino também se reuniu com o prefeito e candidato à reeleição, Artur Neto, embora a agenda oficial constasse reunião apenas com o seu filho, o deputado federal Arthur Bisneto.

Após o encontro, a boa relação com o presidente interino passou a ser ressaltada como um caminho para a chegada de mais recursos na capital do Amazonas. Ao longo do primeiro mandato, o prefeito Artur Neto culpou Dilma Rousseff de represar os repasses ao município, muito embora o investimento do governo federal tenha sido maior que o da gestão anterior. “A nossa aliança fortalece o Amazonas e Manaus para que a gente possa conseguir mais recursos. PSDB e PMDB são dois grandes partidos de sustentação e a aliança tem poder também de fortalecer o governo”, afirmou Braga.

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