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Doria: se prenderem o Lula, será pior ainda, vai incendiar o país

Prefeito diz a empresários que prisão em meio ao processo eleitoral ‘seria um erro histórico’; ele também criticou a ‘fragilidade’ das ideias de Bolsonaro

Por Da Redação
4 out 2017, 17h09

A eventual prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em plena corrida eleitoral seria um “erro histórico”, uma vez que incendiaria o país, declarou nesta quarta-feira (4) o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). “Mesmo que Lula não seja candidato, ele vai ter um preposto e serão dois a fazer campanha”, disse o tucano, em almoço com empresários franceses e brasileiros na capital paulista. “Se prenderem o Lula, pior ainda, porque ele vai se vitimizar e aí incendeia o país.”

O ex-presidente foi condenado a nove anos e meio de prisão pelo juiz Sergio Moro no processo envolvendo a posse de um triplex no Guarujá, que seria de Lula e fruto de propina da OAS decorrente de contratos na Petrobras. O petista nega a acusação e recorre ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) – se for condenado em segunda instância, ele pode ser preso e ficar inelegível.

“Seria a pior hipótese a Justiça, embora totalmente soberana para decidir, aprisioná-lo em meio ao processo eleitoral. Seria um erro histórico”, prosseguiu o tucano, que, no entanto, defendeu que “a Justiça faça justiça”. “Mas tenha sensibilidade também de não emitir uma sentença durante o processo eleitoral. Creio que para o país seria arriscado ter uma liderança como a do ex-presidente preso. Poderia criar uma conturbação muito grande.”

Doria disse ainda que o processo eleitoral já começou de fato. “A meu ver, fazer campanha e seguir até outubro é algo que seria democraticamente aceitável. Se vier a ter alguma sentença, que seja após as eleições.”

Creio que para o país seria arriscado ter uma liderança como a do ex-presidente preso. Poderia criar uma conturbação muito grande

João Doria (PSDB), prefeito de São Paulo
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Na última pesquisa Datafolha, divulgada no domingo, Lula aparece em primeiro lugar em todos os cenários pesquisados, com no mínimo 35% dos votos. Já Doria oscila de 7% a 10% dependendo da situação. Nos bastidores, ele disputa a candidatura pelo PSDB com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Bolsonaro

Ainda de acordo com o prefeito de São Paulo, a candidatura de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) terá muita dificuldade de se sustentar nos primeiros lugares das pesquisas de opinião à medida em que se aproximam as eleições presidenciais de 2018. Segundo o Datafolha, o parlamentar é o segundo colocado em todos os cenários, com percentuais de votos que vão de 15% a 19%. Para o tucano, a tendência é que Bolsonaro “desidrate” por causa de suas ideias.

Na visão de Doria, o lugar de destaque de Bolsonaro nas pesquisas hoje se deve ao fato de ele ainda “estar fora da mídia”. “Não quero fazer nenhuma observação negativa em relação a ele, mas a fragilidade de suas ideias tende a desmotivar parte desse público que hoje vota nele.”

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Durante o almoço com os empresários, o prefeito ainda analisou o cenário para 2018 e disse que uma eventual fragmentação de candidaturas de centro deverá favorecer os nomes dos extremos do espectro político, de ambos os lados. No entanto, é mais provável que a esquerda seja mais beneficiada nesse processo.

“O sentimento lulo-petista tem mais chances de cativar parte do eleitorado, principalmente as pessoas mais pobres nas regiões Norte e Nordeste, que tem menor quantidade e informação, de debate e que ainda tem grau de confiabilidade surpreendentemente elevado num personagem como esse, que tem nove indiciamento criminais”, lembrou.

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