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Dilma defende Graça e diz que demissão não é necessária

Situação da presidente da estatal está cada vez mais delicada. Mas a presidente diz que ainda espera prova contra a amiga, que teria sido avisada de desvios

Por Da Redação
22 dez 2014, 11h47

No dia seguinte à entrevista em que a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa afirma ter alertado pessoalmente Graça Foster sobre esquemas de corrupção na estatal, a presidente Dilma Rousseff saiu em defesa da amiga e afirmou que o seu afastamento não é “necessário” – ou seja, Dilma deve deixar a chefe da estatal sangrando em meio ao escândalo bilionário de corrupção.

Em café da manhã com jornalistas nesta segunda-feira, Dilma disse que Graça colocou o cargo à disposição do governo, mas ponderou que não pretende alterar a diretoria da Petrobras – apenas o Conselho de Administração do órgão, do qual já foi presidente. “Eu falei pra ela (Graça Foster) que, do meu ponto de vista, isso não era necessário. É óbvio que o cargo de todas as pessoas do governo estão a minha disposição. O fato de isso ocorrer (Graça colocar o cargo à disposição) é uma consideração comigo, é um ato que se podia chamar de educação política por parte da Graça”, disse Dilma.

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Para a presidente, faltam provas que justificariam o afastamento da chefe da Petrobras. “Tem de ter alguma prova apresentada sobre qualquer conduta da Graça Foster. Eu conheço a Graça, sei da sua seriedade e da sua lisura. Acho que é importante saber qual é a prova que se apresentou (contra a presidente da Petrobras)”, afirmou.

A pressão pela demissão de Graça Foster e de toda a diretoria da Petrobras aumentou após a ex-gerente Venina da Fonseca afirmar que ela foi informada sobre as irregularidades em contratos firmados pela estatal. “Eu estive com a presidente pessoalmente quando ela era diretora da área de gás e energia. Discutimos o assunto. Foi entregue uma documentação com uma denúncia na área de comunicação”, disse ela em entrevista exibida na noite deste domingo no Fantástico, da TV Globo.

A declaração contraria posicionamento público da Petrobras, que, na última terça-feira, afirmou que a ex-gerente só havia feito afirmações vagas em mensagens e que Graça Foster só foi alertada sobre irregularidades em um e-mail enviado em 20 de novembro deste ano, após a demissão da funcionária.

O Fantástico mostrou um e-mail que Venina enviou para Graça Foster em outubro de 2011 em que ela se queixava sobre os técnicos da empresa estarem sendo passados para trás e sobre o “esquartejamento” de projetos para dificultar a fiscalização. Na época do e-mail, Graça Foster era diretora de gás e energia. Ela assumiu a presidência da empresa em fevereiro de 2012.

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Reforma ministerial – No encontro com jornalistas, Dilma também informou que vai consultar o Ministério Público para confirmar a nova composição ministerial de seu segundo mandato. Na esteira do escândalo do petrolão, que já envolve dezenas de políticos, a presidente teme enfrentar maior desgaste ao acomodar no alto escalão alguém envolvido no esquema de corrupção.

“Eu vou perguntar: ‘há algo contra fulano que me impeça de nomeá-lo?’ Só isso. Eu não quero saber o que ele não pode me dizer”, afirmou a presidente. “Eu consultarei o Ministério Público mais uma vez, para qualquer pessoa que eu for indicar”, disse. Dilma afirmou ainda que não tem conhecimento da lista de nomes citados nos processos de delação premiada. “Eu só vou achar que é oficial no dia em que o procurador me disser que é oficial”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)

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