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De Eduardo Cunha para Dilma: as perguntas que o deputado faria

Ex-presidente da Câmara afirma ainda que presidente afastada usa 'técnica fascista' em discurso

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Daniel Pereira Atualizado em 29 ago 2016, 20h15 - Publicado em 29 ago 2016, 19h32

Ao mesmo tempo em que luta pela sobrevivência política, a presidente afastada Dilma Rousseff dedica seus últimos momentos de defesa para carregar um de seus maiores inimigos ao cadafalso. Na tribuna do Senado, Dilma centra fogo contra o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por dar aval ao processo por crime de responsabilidade: a petista cobrou por repetidas vezes a cassação do peemedebista, disse que ele é o “padrinho” do impeachment e foi irônica ao tratar do envolvimento dele na Lava Jato. “Não há dúvidas de que eu não tenho contas no exterior, imóveis, não usufruí de benesses. Como condenam uma pessoa que é inocente por [editar] três decretos e criam um conluio para evitar o julgamento [de Cunha]?”, discursou.

Questionado pela reportagem, o ex-presidente da Câmara citou algumas das perguntas que faria nesta segunda-feira caso estivesse na função de senador. Em tom bem menos duro que o comum, Cunha limitou os questionamentos a temas relacionados ao trâmite de matérias no Congresso.

O peemedebista desafiou Dilma a apontar algum projeto enviado por ela que não tenha sido votado ou aprovado enquanto esteve no comando da Câmara dos Deputados. Na mesma linha, pediu para a presidente afastada citar qual pauta-bomba – um dos argumentos usados por ela para justificar o rombo na economia – foi aprovada e entrou em vigor.

Também em busca de mostrar que a Câmara não contrariou a petista, Cunha questiona qual projeto ou medida provisória que, após ser aprovado na Casa e vetado por Dilma, tenha tido a decisão presidencial contrariada e o veto derrubado.

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Cunha ainda avança para questões do Judiciário e prepara uma pegadinha: pergunta se o Supremo Tribunal Federal (STF) concorda com a constante acusação feita por ela de que houve desvio de poder por parte dele ao aceitar a denúncia de impeachment. O Supremo chancelou, desde o início, todo o processo contra Dilma

“Técnica fascista” – Por meio de nota, o presidente afastado elevou o tom contra Dilma: disse que a petista segue mentindo de forma “contumaz” e se utilizando de “técnica fascista” de modo que “uma mentira é exaustivamente repetida até se tornar verdade”. Cunha ainda pontua que todos os atos praticados por ele vêm sendo confirmados.

“O resto são desculpas para os documentários da história, incluindo o figurino do golpe, que parece caber mais na história da eleição dela do que na história do impeachment”, afirma Cunha.

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